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OSS EM MATO GROSSO: Secretário contra ampliação


10-12-2013 11:05 - GLÁUCIO NOGUEIRA

Novo secretário de Saúde de Mato Grosso, Jorge Lafetá afirmou ser contrário à ampliação da atuação das Organizações Sociais de Saúde (OSSs) no Estado. Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (9), o gestor, que é médico, ressaltou que para que isso seja possível é necessário consolidar os contratos vigentes e aprimorar os mecanismos de controle para garantir transparência e melhorar, de fato o atendimento aos pacientes.

Lafetá classificou a parceria com as OSSs como um casamento. “Visitamos São Paulo e o Rio de Janeiro para vermos esta atuação. Lá temos unidades geridas por grandes hospitais, como o Sírio Libanês e o Albert Einstein. Digo sempre que a parceria é como um casamento, tem que escolher bem o parceiro, senão dá problema”.

Um dos problemas citados pelo secretário, que teria contribuído para dificultar a implantação de um melhor atendimento é a estrutura criada para gerenciar e controlar o cumprimento dos contratos. “Em Mato Grosso, ao meu ver, teria que haver um projeto- piloto, com um sistema de monitoramento, para aprendermos e depois ampliarmos”. A
Comissão, segundo ele, foi montada para monitorar um contrato de gestão, mas acabou sendo responsável por 8 parcerias, “e aí se perdeu muito”. 

A saída, de acordo com Lafetá, seria a de aprender com as OSSs que estão, uma vez que os contratos firmados têm validade de 5 anos. “Além disso, temos que escolher
melhor os parceiros, verificar a qualidade do atendimento para termos de fato o controle de tudo o que acontece”. O secretário destacou que a cada trimestre há uma discussão sobre as metas de cada OSS e que, em caso de necessidade, a quantidade de atendimentos é alterada.

Uma das alternativas para melhorar a atuação das OSSs é a ampliação da atuação da comissão permanente, com visitas aos locais onde a gestão fica por conta das Organizações. “Hoje temos 2 médicos auditores que fazem todo o controle, mas um controle virtual. Queremos que isso ocorra in loco. Para que isso seja possível, estamos montando núcleos para acompanhar em tempo real”. Um sistema informatizado já usado no Paraná, em Minas Gerais e alguns municípios de São Paulo, que integra toda a
gestão, já está em estudo.

A manutenção do número de contratos das Organizações nas unidades de Saúde já foi acordada entre Lafetá e o governador Silval Barbosa (PMDB). “Não que os serviços não sejam bons, mas é algo novo. Em termos de agilidade ele consegue andar mais rápido que o serviço público, mas é preciso, primeiro, escolher bem o parceiro, e segundo, controlar e auditar os atendimentos”. 

Tramita na Assembleia Legislativa um projeto de lei de iniciativa popular que proíbe a atuação das OSSs no Estado. Audiências públicas são realizadas em cidades que contam com o serviço e o resultado destes encontros deverá ser apreciado, no início do ano que vem, pelos deputados.

UTI: Anunciados 126 novos leitos 

Uma das metas estabelecidas pelo novo secretário de Saúde, Jorge Lafetá, é a descentralização  no atendimento  aos pacientes do interior do Estado. O gestor anunciou que pretende entregar 126 novos leitos de UTI, em diversas unidades. Além disso, afirmou que na próxima segunda-feira (16) começará a reforma do Pronto-Atendimento do
Hospital Adauto Botelho, atualmente fechado.Outra mudança ocorrerá com a retomada da transferência do Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac), para o
antigo Hospital São Tomé, que hoje está abandonado.

Lafetá prevê que o PA do Adauto Botelho volte a funcionar em aproximadamente 15 dias. “É uma obra importante, porque é a única porta para pacientes em crise aguda e hoje
ela não existe. Além disso, fechamos 29 pregões, com mais de 640 itens, inclusive os medicamentos da unidade”.

Já sobre a mudança do Cridac, o secretário estima que isso ocorra em maio do ano que vem, por etapas. “A situação é bem complicada, porque o prédio foi completamente depredado, roubaram tudo o que tinha. Queremos ir por etapas, reformar a parte da frente e colocar consultório e ambulatório e depois continuar”.

Tais atitudes, segundo ele, ajudarão a reduzir o número de bloqueios por ações judiciais, que atualmente bate os R$ 42 milhões. “Isso ocorre porque algo está errado. Vamos
buscar corrigir”. (GN)


 


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