Saúde Mental e Direitos Humanos serão debatidos amanhã na AL

A Assembleia Legislativa (AL) irá debater na tarde de amanhã (26.09) a Saúde Mental e Direitos Humanos. A audiência pública tem início às 14h, no auditório Milton Figueiredo. O tema do debate foi proposto pelo deputado, Emanuel Pinheiro (PR) e participam da audiência Sindicatos, Conselhos, Associações ligados a Saúde e Direitos Humanos.

O caos na Saúde afeta diretamente a Saúde Mental, com a falta de medicamentos pacientes estão recebendo alta na Unidade III, a falta de estrutura física também é um agravante. De acordo com informação de servidores os pacientes em surto devem ser encaminhados diretamente as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), pois o atendimento no Centro de Apoio Psicossocial (Ciaps) Adauto Botelho está fechado.

A rede de Saúde Mental no estado passa por uma série de dificuldades, e o empenho dos servidores não é suficiente para mudar o panorama crítico em que se encontra a Saúde, falta vontade política, analisa a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma), Alzita Ormond.

Para a equipe que trabalha com a Saúde Mental em Mato Grosso o momento é de ação, e não mais debates. A falta infraestrutura na Rede impera. O prédio do Adauto Botelho está deteriorando, não há investimentos por parte do Governo em mobiliários, estrutura física e materiais de expediente.

O Caps AD, unidade do Adauto Botelho que atende pacientes com dependência de álcool e outras drogas está retomando os atendimentos em meio as dificuldades. (link para a matéria) Falta sinalização, o contato com os pacientes não é efetivo, pois o telefone não realiza chamadas para celular nem para outras operadoras de telefonia fixa e o prédio ainda necessita de algumas melhorias.

Assim como o CAPS AD, outras unidades da Saúde Mental não passam por reformas preventivas há muito tempo. O Lar Doce Lar que abriga pacientes tutelados do Estado por abandono familiar e que são portadores de múltiplas deficiências físicas e mentais. O lar atua em regime integral, e deveria estar em novo endereço a pelo menos 3 anos.

A participação da comunidade em especial dos pacientes, familiares, amigos dos usuários dos serviços de Saúde é importantíssimo, pois dá força aos servidores que estão no atendimento direto e também enfrentam dificuldades para manter o atendimento em condições precárias, sem materiais, medicamentos e sem infraestrutura.

Audiências Públicas: A audiência sobre a Saúde Mental e Direitos Humanos abre a série de audiências ligadas a Saúde Pública em Mato Grosso.

Na segunda feira (30.09), às 19hs, na Câmara de Vereadores do município de Várzea Grande será realizado debate sobre o desempenho do Instituto Pernambucano de Assistência a Saúde (IPAS), que gerencia o Hospital Metropolitano. E no dia 14 de outubro, às 14h é a vez de Cáceres, realizar os debates sobre a Associação Congregação de Santa Catarina, responsável pela administração do Hospital Regional.

Os debates tanto em Várzea Grande como em Cáceres foram propostos pela Casa de Leis como sendo importantes para “respaldar” o Projeto de Lei de Iniciativa Popular, que objetiva revogação das Leis 150/2004 e 417/2011 que instituíram o novo modelo de gestão em Mato Grosso, por meio das Organizações Sociais. O Projeto de Lei obteve mas de 36 mil assinaturas, oriundas de 140 municípios mato-grossenses, prova mais que cabal da insatisfação do modelo de gestão por parte dos usuários da saúde.

Ainda no mês de outubro, no dia 07, será realizada a audiência para debater a Eficiência dos Serviços de Saúde Pública.

Cronograma de Audiências Públicas: