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Servidores do Cridac paralisam suas atividades e fecham Juaquim Murtinho


10-09-2013 18:42 - Ascom Sisma - Luana Soutos

Como um grito de socorro, os servidores do Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Correa (Cridac) paralisaram totalmente suas atividades nesta terça-feira, 10 de setembro. O motivo é a situação de caos estabelecida na Saúde Pública do estado, denunciada a todo tempo pelos próprios trabalhadores.

Desta vez, os servidores se organizaram para mostrar à população que a Oficina Ortopédica do Centro foi embargada pelo CREA e está fechada há 4 meses por risco de desabamento. Outra casa foi locada para que os atendimentos sejam feitos, no entanto, o prédio precisa de algumas reformas que ainda não foram feitas, inviabilizando a transferência dos equipamentos para lá. Por isso, muitos usuários não conseguem atendimento.

A primeira secretária do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma/MT), Zuleide Pulcherio Klein, disse que ficou emocionada com a manifestação. “As pessoas na rua deram apoio ao ato. Nos carros, ninguém se incomodou que fechamos o trânsito, entregamos panfletos. Servidores e usuários, mesmo cadeirantes, participaram”.

Durante todo o dia, os servidores movimentaram a frente do Cridac, em contato com a população. Mas foi por volta das 16h que, além de conter o trânsito, eles rodearam o quarteirão do prédio para simbolizar um abraço ao Cridac e ampliar o contato com as pessoas que transitavam pelo local.

Não é a primeira vez que, indignados, servidores e usuários fecham a Rua Juaquim Murtinho, no Porto, para tentar sensibilizar a sociedade que, muitas vezes, tem como única alternativa o SUS. Em agosto do ano passado os servidores já foram às ruas contra a possibilidade de contratação de OSS’s para administrar o Centro. (Veja aqui a matéria)

“Nós dissemos o tempo todo que não estávamos ali por melhores salários, mas por condições de trabalho. O Cridac é uma unidade que todos podem precisar um dia, já foi referência nacional, agora está numa situação como esta”, enfatizou a primeira secretária do Sisma/MT.

Segundo ela, ficou decidido que essa questão será levada à reunião do Conselho Estadual de Saúde que será realizada nesta quarta-feira (11) apenas como informe, já que o gestor já está ciente das condições do Cridac, pois os servidores fizeram fala na última reunião neste sentido e ele, inclusive, se comprometeu a intervir. Mas toda a categoria deve se reunir novamente nos próximos dias para discutir novas ações em defesa do Cridac e de todo o SUS.

“O entendimento de todos os presentes no ato de hoje, é que essa situação de precariedade atinge todas as unidades de Saúde, como o Samu, o MT Laboratório, o Hemocentro. Por isso, nós temos que unificar a luta por melhorias de condições e não individualizá-la”, disse o servidor do MT Hemocentro, Otto Ten Caten.

Veja aqui a galeria de imagens. 


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