(65) 3661-5615 / (65) 3661-5491
Notícias

RETRATAÇÃO - Servidores do MT Laboratório também reclamam da total falta de estrutura


30-07-2013 18:11 - Ascom Sisma - Luana Soutos

RETRATAÇÃO

O texto abaixo foi publicado pelo Sisma/MT no dia 30 de julho e alterado nesta data, 31 do mesmo mês, com retificação feita a pedido da servidora Tânia Maria Estrela Fernandes Calderam, que solicitou alteração na sua fala, pois não disse em nenhum momento que "a Secretaria Estadual de Saúde nunca atendeu as solicitações" de reparo encaminhadas pela diretoria do MT Laboratório.  

O Sisma/MT se retrata, por meio desta nota, e reconhece que, embora não tenha como comprovar, por não ter gravado a reunião, essa afirmação teve base nas declarações de que os pedidos foram feitos. Pois, devido às condições da unidade, se os pedidos foram feitos, o Sindicato observa que, evidentemente, não foram atendidos pela SES.

A presidente do Sisma/MT, Alzita Ormond, lembra, inclusive, que durante a reunião pediu a servidora o fornecimento das cópias de todas as solicitações feitas à SES nesse sentido, tamanha a preocupação com o fato.   

 

Republicamos, a seguir, a matéria com as alterações feitas na fala da servidora e a colocação do Sindicato de maneira mais clara: 

Servidores do MT Laboratório também reclamam da total falta de estrutura

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma/MT), Alzita Ormond, esteve com os servidores lotados no MT Laboratório nesta terça-feira, 30 de julho, para discutir sobre as péssimas condições de trabalho e estrutura do prédio.

Ansiosos para denunciar o descaso do Governo do Estado, os servidores se tumultuavam para apontar inúmeras paredes emboloradas por infiltrações, fiação exposta, lâmpadas queimadas. Setores que dão lugar a outras atividades, como o de parasitologia, que agora funciona a coordenadoria administrativa. No recebimento das amostras, os servidores não contam com a cabine de fluxo laminar, fundamental para evitar contaminações. (Clique aqui para ver as fotos na Galeria de Imagens)

Um dos principais problemas começou em setembro do ano passado, com uma reforma no banheiro masculino que, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, seria concluída em cerca de 2 meses. Quase um ano depois, não só a reforma não foi concluída, como os danos causados pela quebra do banheiro causam ainda transtornos aos servidores. Salas com equipamentos que custam quase um milhão de reais sofreram vazamentos do banheiro, que fica no andar de cima. Os servidores têm que conviver todos os dias com o forte cheiro de mofo.

Agora, apenas o banheiro feminino é utilizado por homens e mulheres, o que tem causado desconforto às mulheres. Além disso, ficou um buraco na parede do banheiro quebrado, que dá direto a um dos vasos sanitários utilizados pelos trabalhadores. Para dar descarga, muitas vezes, os servidores precisam jogar a água que recolhem em um balde.

A janela da sala de recepção das amostras não fecha e também não tem grades. É totalmente de vidro, o que expõe os servidores que trabalham até as 19h a riscos de assaltos, já registrados no local, quando levaram um computador.

Ultimamente, os servidores têm feito “cotas” para custear materiais extremamente necessários, como uma pia com torneira na Copa. O material foi comprado e instalado com dinheiro doado pelos trabalhadores da unidade. Mesmo com as torneiras colocadas, os servidores enfrentam ainda uma falta de água grave. “É desumano. Inconcebível que uma unidade de Saúde que tem um risco biológico tão grande não disponha de água para que os trabalhadores possam lavar as mãos”, reclamam.     

Alzita Ormond disse aos trabalhadores que a falta de dinheiro para a Saúde Pública se contrapõe aos milhões que as Organizações Sociais (OSS’s) têm recebido do Estado. “Nós sabemos que a falta de recursos nas unidades de Saúde tem relação direta com o dinheiro investido nas OSS’s, que recebem entre 2 e 3 milhões/mês cada uma”.

Ela também afirmou que a gestão atual, do secretário Mauri Rodrigues, tem se negado a sentar com o Sindicato para discutir as questões relacionadas aos servidores. “Quando uma pessoa aceita um cargo, ela já sabe o que a espera. Como o secretário quer gerir uma secretaria sem dar a mínima aos problemas dos servidores? Aqueles que são a base da sua pasta, que trabalham diretamente com os usuários, que formam a secretaria?” Desde o início de sua gestão, o secretário não recebeu o Sisma/MT para nenhuma reunião, o que tem feito a presidente levar as demandas diretamente a ele nas reuniões do Conselho Estadual de Saúde.

Lembrou ainda que os recursos para reforma e ampliação das unidades de Saúde são também oriundos da Fonte 112, do Ministério da Saúde, que não estão sendo utilizados por inoperância da gestão.

A gerente de Qualidade e Biossegurança da Unidade, Simone Amorim Almeida, disse que a diretoria tem se empenhado para realizar os reparos necessários, e para utilizar da melhor maneira, com maior segurança possível, aquilo que está disponível, mas é inadequado. A partir de amanhã, segundo ela, iniciará um trabalho de conscientização dos servidores, visitando cada um dos setores.

A diretora Técnica do MT Laboratório, Tânia Maria Estrela Fernandes Calderam, reafirmou que a gestão da unidade tem feito o seu papel, de solicitar, cobrar e acompanhar os trabalhos que precisam ser realizados para melhorar as condições locais, e disse que tem vários ofícios que comprovam a solicitação de reparos. No entando, o Sisma/MT observa que, feitas tais cobranças, a Secretaria Estadual de Saúde erra em não atende-las, visto a situação que puderam ser verificadas no prédio, aqui colocadas.  

Ela levou a lista de reivindicações dos servidores à SES, e foi informada de que a secretaria abrirá um pregão (licitação) para selecionar empresa que possa resolver as questões estruturais do prédio. O processo todo demoraria cerca de 30 dias e, em seguida, a empresa já começaria a reorganizar o local.

Ficou decidido que os servidores vão aguardar esse prazo, mas devem elaborar um documento para  SES relatando a situação do local e já pensam em paralisação, caso os prazos colocados não sejam respeitados.  

Ormond aproveitou a reunião para informar a todos o cenário encontrou na visita realizada às unidades de Saúde no interior recentemente (veja aqui a matéria) e esclareceu algumas dúvidas sobre a ação de URV.


Deixe Seu Comentário


Links rápidos