Servidores públicos também vão às ruas gritar fora OSSs e exigir melhorias

Servidores e usuários da Saúde Pública do estado também se uniram aos cerca de 50 mil manifestantes que abrilhantaram a história de Cuiabá nesta quinta-feira, 20 de junho. Sem dúvidas, esse dia ficará na memória de todos aqueles que entendem que os rumos do país estão nas mãos do povo, e para que tudo funcione bem é preciso se organizar e reivindicar.  Foi o maior protesto da história da capital mato-grossense até hoje.

“Não poderíamos deixar de participar deste grande ato, visto que temos feito tantos outros menores na tentativa de sensibilizar os poderes Executivo e Legislativo no empenho para melhoria do Sistema Único de Saúde e, principalmente, pela não privatização do setor, por meio da contratação de Organizações Sociais”, disse a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma/MT), Alzita Ormond.

Saiba mais sobre a luta contra as OSS’s aqui.

 O ato teve início na Praça Alencastro, que fica em frente ao prédio da Prefeitura da capital. A concentração estava marcada para às 17h30, mas por volta das 16h, o local já estava tomado pela população e muitas outras pessoas ainda estavam chegando.

Antes de sair, o grupo se dividiu em dois. Uma parte subiu pela avenida Getúlio Vargas, enquanto outra desceu em direção a Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA). A cidade ficou parada, mas todos que estavam em volta, motoristas, moradores do auto de suas casas, e trabalhadores que passavam em volta demonstraram apoio aos manifestantes, contrariando a lógica costumeira de que manifestações públicas atrapalham o fluxo da cidade.

Depois, o grupo que subiu a Getúlio Vargas até o Choppão desceu pela Isaac Póvoas e encontrou o grupo que caminhava na Avenida do CPA em direção a Assembleia Legislativa. O que se pode ver foi muita gente emocionada com o apoio durante o trajeto. Fotógrafos acenavam do viaduto, luzes dos apartamentos piscando, bandeiras do Brasil hasteadas nas janelas, enquanto a multidão passava cantando e falando palavras de ordens.

As reivindicações foram diversas, em síntese, melhoria nos serviços públicos como transporte, educação, saúde, contra a corrupção e a garantia de um estado verdadeiramente laico. Muitos estudantes também questionavam os investimentos (ou a falta de) em suas escolas.

O protesto terminou tranquilamente na Assembleia Legislativa.

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