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Servidores do Cermac e Cridac aguardam bom senso de Silval para excluí-los do 1103


28-06-2012 13:21 - Ascom Sisma

Com muita expectativa de que a vida volte ao normal e o atendimento aos usuários do SUS possa ser mais humanizado. Assim estão os servidores da Saúde que trabalham nas unidades do Complexo do Cermac e do Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Correa (Cridac), juntamente com a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso (Sisma), para que nesta sexta (29), na reunião que haverá, às 9h, com os gestores das citadas unidades e o secretário da pasta, Vander Fernandes, haja consenso para a retirada desses servidores do Decreto 1103/12, que mudou desde 1 de maio o horário de todo o funcionalismo público para único, das 13 às 19h, em face das obras de mobilidade urbana para a Copa de 2014.

Em reunião ocorrida na última quarta (27) no Cermac, os servidores voltaram a reclamar das condições de trabalho. Um dos setores mais atingidos é o da Dermatologia, que sente falta de materiais básicos para curativos. Uma servidora denuncia que muitos pacientes precisam de bota de una, indicada para úlceras vasculares. Contudo, há mais de quatro meses que o material não é fornecido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

O mesmo acontece com o alginato de cálcio e o hidrogel. “Só tem tido soro e gase. Dependendo do tipo de ferida, não adianta só isso!”, lamenta a servidora. A falta de medicamentos e a mudança de horário refletem, segundo ela, na queda da qualidade do atendimento. Antes do Decreto eram feitos 15 curativos pela manhã e 15 à tarde. Agora, basicamente, só 15 e com muito esforço há dias em que são feitos 24 curativos.

Ela informa que os pacientes têm ficado muito irritados com essa estrutura precária e reclamam, mas sabem que a culpa não é dos servidores e sim do Estado. Os atendidos são de todo o Estado e até de fora, do estado de Rondônia. Isso significa que o setor de Dermatologia é referência, sendo assim, não pode ficar sem os medicamentos necessários. A servidora acrescenta que, antes do governo Silval, as coisas faltavam também, mas não demoravam a chegar como agora.

Com relação à estrutura física, os servidores estão numa situação péssima com falta constante de água e lâmpadas queimadas. “Temos setores com lâmpadas queimadas e quando vamos pedir a troca, dizem que não há material para troca. Isso sem falar nas inúmeras infiltrações espalhadas por todo o Cermac”, alerta.

CRIDAC

No Cridac a situação não é diferente. Os servidores querem sair do Decreto 1103 não só pelas condições de trabalho cuja estrutura é precária, mas também pelo sofrimento que vêm sentindo os usuários que chegam cedo e só podem ser atendidos a partir das 13h. Além disso, há o problema dos duplos vínculos – permitidos pela Constituição Federal -, tanto públicos quanto particulares, que têm causado prejuízos aos funcionários que estão nessa situação.

Sendo assim, a presidente do Sisma, Alzita Ormond, que ouviu os servidores do Cermac e Cridac juntamente com a vice-presidente, Cida Rodrigues e o assessor jurídico, Lucas Bernardino, vão aguardar as deliberações desta reunião de sexta para, se necessário for, entrar com ações na Justiça individualmente a fim de que os prejuízos nos salários dos servidores de 30 horas sejam ressarcidos pelo Estado. O ressarcimento se dá em razão destes servidores terem sido levados a crer, pela enquete feita pelo governo do Estado para definir o novo horário, que trabalhariam 4h30 e não foi o que aconteceu.


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