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Escola de Saúde Pública de Mato Grosso também está com a estrutura precária


26-04-2013 17:29 - Ascom Sisma - Luana Soutos

Os usuários e servidores da Saúde Pública do estado já estão cansados de denunciar o descaso com que a administração atual de Mato Grosso, assim como as administrações de anos anteriores, tem tratado o serviço público e, consequentemente, a população. Os problemas estruturais, de equipamentos obsoletos, falta de manutenção, entre outras coisas podem ser observados em todas as unidades públicas de saúde, inclusive na Escola de Saúde Pública do Estado, que é responsável pela formação e qualificação profissional dos servidores do SUS.

Em uma rápida caminhada pelo local, o Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma/MT) pode registrar situações denunciadas pelos próprios trabalhadores do local, como banheiros goteiras, rampas destruídas pelo passar dos anos sem nenhuma manutenção, o que pode provocar sérias quedas, além de escadas sem corrimão.

Além disso, do lado de fora da unidade o mato e lixo estão tomando conta do lugar. O asfalto no estacionamento está em péssimas condições, com estruturas de ferro à mostra, o que já causou danos à uma servidora, que teve o pneu de seu carro furado por causa disso. Os buracos são imensos e, quando chove, o estacionamento mais parece uma piscina. Não bastasse isso, todas as lâmpadas que deveriam iluminar a parte lateral do estacionamento da Escola a noite estão queimadas, o que pode gerar alguma situação de insegurança aos servidores e funcionários do local.

“A Escola está abandonada, destruída”, dizem vários trabalhadores do local. Eles contam que há pinturas e azulejos caindo, os assentos do auditório estão precários, as instalações elétricas feitas há anos já apresentam inúmeros problemas, sem manutenção, os equipamentos disponíveis para pesquisa, como computadores, estão totalmente obsoletos, e como houve contratação depois da construção da escola, o espaço já se mostra insuficiente para todos.

Até um contêiner fornecido à Escola pelo Ministério da Saúde, para que rodasse pelas unidades para atender demandas dos servidores estudantes, está sendo tomado pelo mato, parado no estacionamento. Podemos ver, na foto, que as plantas conhecidas como “trepadeiras” já passam da metade do contêiner.

Ainda segundo os servidores, há cerca de quatro anos as gestões responsáveis pelo local tentam articular verba para reforma com o Ministério da Saúde, mas apesar de o Governo afirmar que a verba está disponível na conta do estado, ela nunca chegou à Escola. Caso semelhante ao do CAPS AD, que foi fechado recentemente para a realização da reforma prometida há 4 anos. Enquanto isso, os profissionais estão atendendo em uma sala improvisada no Adauto Botelho, como o Sisma/MT tem divulgado. Veja as matérias:

PERSISTÊNCIA: Trabalhos do Caps Ad são mantidos, mesmo em condições precárias

 Discussão sobre CAPS AD continua na pauta do Conselho Estadual de Saúde

Para a presidente do Sisma/MT, esse descaso reflete a política privatista adotada pela atual gestão estadual. “O movimento sindical acredita que essa precarização das unidades são estratégias para posterior proposição de privatização. O acordo do Estado com as Organizações Sociais vão nesse sentido, o governo alega falta de condições de manter a estrutura e paga o triplo do que gastaria na gestão pública para uma OSS, que é uma entidade sem fins lucrativos, mas de direito privado. Isso não tem lógica nenhuma. Quem perde com isso é a população e os servidores, que sofrem assédio moral, entre outras coisas. E quem ganha são os empresários da Saúde.”

Ormond lembra que o Conselho Estadual de Saúde reprovou o Plano de Trabalho Anual de 2013, onde está previsto, na tarefa 3 - Reforma, benfeitorias e/ou melhorias nos blocos A, B e C da Escola, com um valor de apenas R$40.099,00.

 Veja aqui a galeria de fotos com registros de alguns dos problemas da Escola Pública de Saúde de Mato Grosso. 


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