PERSISTÊNCIA: Trabalhos do Caps Ad são mantidos, mesmo em condições precárias
A precarização do atendimento com a falta de estrutura e de material não abala os trabalhadores do Sistema Único de Saúde em MT que reunidos numa sala improvisada para dão continuidade ao atendimento dos pacientes do Centro de Apoio Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPS – Ad). Os servidores da unidade debatem, como em todas as quartas feiras, quais os avanços que obtiveram na proposta de locação da casa que deve abrigar o serviço.
A saída do antigo prédio, que necessita de reformas urgentes visto que corre risco de desabamento não amenizou em nada os problemas enfrentados pela equipe do CAPS Ad, ao contrário, trouxe mais dúvidas e incertezas. Na reunião de condução com a equipe realizada na manhã de hoje (24.04), Débora Canavarros, gestora da unidade informou que aguarda a resposta vinda da Secretaria de Estado de Saúde quanto à locação da casa que foi previamente escolhida, dentre as que necessitavam de poucas adequações para a retomada total do atendimento.
Atualmente, os atendimentos são feitos na antiga entrada do Pronto Atendimento no Centro Integrado de Apoio Psicossocial (Ciaps) Adauto Botelho, são duas salas, que como o restante do prédio está em péssimas condições de conservação com piso quebrado, infiltrações, mofo e ácaros. Os banheiros feminino e masculino estão interditados, por não ter condições mínimas de uso. O atendimento aos pacientes é feito de maneira improvisada e para manter a privacidade médico x paciente, os demais devem deixar a sala e aguardar do lado de fora do prédio, embaixo da árvore. Todos os esforços por parte de servidores e pacientes para manter o atendimento tem sido feito, para que o tratamento não seja interrompido.
Já os usuários que buscam atendimento na unidade resta deixar os dados que são inseridos numa lista de espera, que os servidores ainda não tem previsão de como e quando poderão entrar em contato para agendamento, visto que a locação da nova casa, não tem data prevista e após a mudança, ainda, vem outras dúvidas como, por exemplo, instalação de telefones, computadores, ar condicionado, internet e as adequações para o pleno funcionamento.
O trabalho em equipe e a perseverança é evidente durante a reunião, o período matutino foi brindado com o clima ameno, que foi mantido com os dois ventiladores que estão sendo usados na unidade, as cadeiras foram trazidas do antigo prédio no carro dos servidores e o bebedouro que também era usado nas antigas dependências foi buscado pelo carro do Sindicato dos Servidores da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma/MT).
Nem todas estas dificuldades fazem a equipe desmotivar, ao contrário, esta união se efetiva mais e mais. Os bravos servidores não deixam se abater e continuam laborando, mesmo que timidamente, já prevendo os desafios que ainda estão por vir.
O Sindicato, os servidores e usuários, de acordo com a presidente do Sisma/MT, Alzita Ormond, pretende na próxima semana, se até lá o assunto não tiver resolvido, ir até a Secretaria de Saúde para que juntos cobrem do Secretário posicionamento quanto a locação da casa visto ser um caso emergencial e que, em reuniões com o Diretor do CIAPS Adauto Botelho está era uma das prioridades – retirar os servidores e usuários do prédio em desabamento e transferi-los para uma casa locada, escolhida por ambos, evitando assim um prejuízo maior tanto para os profissionais, para os usuários dos serviços prestados pelo CAPS Ad, quanto para o governo.
“Penso que o Governo já está sensibilizado com a situação dos riscos eminentes e deploráveis que os profissionais e pacientes ali atendidos estão tendo, mesmo no Pronto Atendimento (lugar emergencial e extremamente insalubre) e providenciará em caráter de urgência, urgentíssima, a locação até sexta-feira (26), do imóvel escolhido pela Direção e servidores do CAPS Ad até a reforma e sua ampliação, transformando-o em Unidade III, mesmo porque, temos verba para isto só faltando do gestor a vontade de se fazer”, frisa a presidente do Sisma/MT.
