Situação do CAPS Ad é exposta no Conselho Estadual de Saúde de Mato Grosso

 O primeiro discurso do novo secretário de estado de Saúde de Mato Grosso, Mauri de Lima, como presidente do Conselho Estadual de Saúde foi abafado pela presença silenciosa dos servidores e usuários do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas - Adulto (CAPS AD), que participaram na reunião realizada nesta quarta-feira, 6 de março, para expor a situação precária da unidade.

Enquanto falava dos desafios da pasta e das políticas de governo já em andamento - que ele deverá dar prosseguimento-, usuários, familiares e servidores entraram na sala de reunião com cartazes pedindo providências que garantam a continuidade da prestação do serviço da unidade, voltado para dependentes de álcool e outras drogas.  

Desde o dia 22 de fevereiro, o Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma/MT) mantém contato com o assessor especial da Secretaria de Saúde, João Botelho, porque a estrutura do prédio em que funciona o CAPS AD está colocando a vida dos trabalhadores e usuários da unidade em risco.

“Nós nos reunimos com o assessor da SES, João Botelho, falamos e mostramos as condições do prédio, ele disse que tomaria providências, mas até agora o que nos foi dito é extra-oficial, de que já conseguiram a verba para reforma e ampliação do CAPS AD, inclusive para transformá-la em unidade III, com 12 leitos. Mas isso tem que ser o mais rápido possível porque é perigoso acontecer um acidente lá, devido às condições do prédio. Nós queremos saber quando isso vai ser solucionado ”, disse a presidente do Sisma/MT, Alzita Ormond, durante o expediente relevante.

Em seguida, ela passou a palavra para a servidora Tatiana Neves de Sousa. “A gente veio aqui hoje para falar de vários problemas no prédio, causados por uma falsa viga que está caindo e nos deixando com medo. Nós estamos pedindo para que a Secretaria viabilize o nosso trabalho, para que a gente possa servir o usuário, como deve fazer o servidor público. O problema do crack, do álcool e de outras drogas está aí, na sociedade, por isso a gente não pode fechar as portas”, disse a servidora, lotada no CAPS AD há 6 anos.  

O secretário não se pronunciou sobre o assunto durante toda a reunião e ainda não há respota oficial do governo sobre o caso. No entanto, na manhã desta quinta-feira, 7 de março, o arquiteto da Secretaria de Estado de Saúde entrou em contato com o CAPS AD e disse que está reajustando o projeto arquitetônico para que ele possa ser aprovado e executado.

Veja aqui as fotos da reunião.