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Caps ad - Atendimento à população deve ser transferido por falta de condições do prédio


04-03-2013 18:11 - Ascom Sisma - Luana Soutos

Os servidores e usuário do Centro de Atendimento Psicossocial Adulto (CAPS AD), de Cuiabá, não suportam mais a situação em que as instalações da unidade se encontram e, em conversa informal com o assessor especial da Secretaria de Estado de Saúde, João Botelho, nesta sexta-feira, primeiro de março, souberam que o atendimento da unidade deve ser transferido em breve, mas temporariamente, até que a reforma e ampliação do prédio seja feita.

A resposta do representante do governo deveria ser dada de forma oficial, em assembleia que estava marcada para essa sexta-feira, desde o dia 22 de fevereiro, quando foi feita a primeira reunião para expor a situação. Mofo pelas paredes, rachaduras, cupins e esgoto aberto podem ser observados no prédio, que atende cerca de 120 pacientes em tratamento por dia (nos três turnos), além das pessoas que procuram o CAPS interessados em iniciar o tratamento contra dependência de álcool e outras drogas.

Comovido com o apelo dos servidores, João Botelho se comprometeu a encontrar soluções junto à Secretaria de Estado de Saúde e afirmou, por telefone, à presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma/MT), Alzita Ormond, e à coordenadora do CAPS AD, Débora Canavarros, que na última semana já teria conseguido arrecadar R$ 480 mil para dar andamento com urgência a reforma, que já está prevista há 3 anos. No entanto, o assessor justificou sua ausência na assembleia desta sexta-feira por motivo de saúde da esposa e não enviou nenhum representante.

“Segundo o Botelho, nós seríamos transferidos para o antigo Pronto Atendimento do Adauto Botelho e ficaríamos lá por 3 ou 4 meses, até que a reforma e ampliação do CAPS AD seja feita. Mas nós não temos uma palavra final, porque o Botelho não conseguiu se reunir com o secretário [de Saúde]”, explicou Canavarros. A ampliação da unidade seria para transformá-la em um CAPS AD 3, com leito de repouso disponível 24h.

Para a presidente do Sisma/MT, é obrigação do governo garantir conforto no atendimento aos usuários e essa precariedade não pode ser utilizada para justificar implantações de Organizações Sociais. “Vocês precisam de um local confortável para atender os usuários da unidade, isso é obrigação do governo. Se em dez dias não obtivermos respostas concretas a respeito disso, nós, enquanto sindicato, teremos que tomar outras atitudes”, afirmou.

A Assessoria Jurídica do Sisma, representada pelo escritório BXKZ, na pessoa do advogado José Krominski, vai entrar com um pedido oficial de toda a documentação que envolve o caso do CAPS AD, como cópia do projeto, informações sobre a fonte de recurso (de onde vem a verba e qual o valor necessário), quais os prazos de início e término da obra, qual empresa fará o serviço, entre outros. Segundo Krominski, a Secretaria de Estado de Saúde tem, legalmente, dez dias para fornecer esses dados.

“Nós temos que lembrar que os maiores beneficiados com esta reforma são os usuários e seus familiares. Os servidores públicos são pagos pela sociedade e têm que devolver isso com trabalho. Isso é que é essencial para nós, servidores públicos”, disse o diretor de assuntos jurídicos do Sisma/MT, Carlos Coelho, apoiando o encaminhamento pela realização de um ato público para mostrar à sociedade a reivindicação dos interessados no serviço do CAPS AD e unir forças.

O ato será feito no dia 6 de março, às 13h30, quando os servidores e familiares devem se dirigir em caminhada ao Hotel Fazenda MT, onde haverá uma reunião do Conselho Estadual de Saúde. Para isso, levarão faixas e cartazes conclamando a atenção da população. Na reunião do Conselho, a presidente do Sisma, Alzita Ormond, falará da situação do CAPS AD.

Nova assembleia já está marcada para a próxima sexta-feira, 8 de março, às 14h, no CAPS AD.
 


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