Efetivos e comissionados assumem atendimento após demissões

Após o anúncio da demissão de 25 funcionários contratados, a Secretaria Estadual de Administração, remanejou os servidores efetivos e comissionados para realizar o atendimento na sede do MT Saúde. A medida foi tomada para que os usuários do plano não sejam penalizados pela mudança. O Plano anda cambaleante e só atendimentos de urgência são realizados nos hospitais.

Segundo o presidente do MT Saúde, Flávio Alexandre Taques da Silva, não houve uma demissão em massa, e sim o término do contrato com a empresa terceirizada São Francisco. “Não demitimos esses funcionários, apenas houve um término do contrato. Isso já estava programado”, afirmou o presidente.

O Secretário de Administração, Francisco Faiad, em entrevista ao RepórterMT, explicou que a mesma empresa, São Francisco, será responsável pela seleção dos novos funcionários que serão encaminhados ao MT Saúde. “A São Francisco encaminhará novos trabalhadores. Vamos abrir uma seleção semana que vem e ‘correr’ para resolver o mais rápido possível. Eu não podia renovar os contratos”, afirmou o secretário.

Flávio explica ainda que os usuários não serão penalizados, já que o atendimento vai seguir normalmente. “Remanejamos estes servidores efeitos e comissionados do Estado para suprir essa necessidade temporária, o atendimento seguirá normalmente”. Atualmente o MT Saúde tem 40 servidores efetivos.

Segundo ele as demandas nos dias de segunda e terça-feira são maiores que nos outros dias na semana. “Nesses dois dias registramos a média de 600 atendimentos. A procura é ainda maior no período da manhã, por isso não podemos dizer que o atendimento está congestionado ou algo assim”, explicou.

Atualmente o MT Saúde possui 33 mil usuários e são atendidos 6 mil ao mês. “É uma demanda muito grande, atendemos 20% dos nossos conveniados em apenas um mês. Estamos trabalhando com eficiência para garantir um bom atendimento”.

O OUTRO LADO

A dona de casa Creuza Conceição de Arruda, aguarda o agendamento de uma cirurgia desde junho de 2012, mas até agora o procedimento não foi marcado. “Nenhuma cirurgia é feita se não houver necessidade, agora estou esperando há mais de meses e nada é resolvido, sempre tem uma desculpa para não marcar a data”, explica.

Usuária do plano desde a fundação, Creuza afirma que a demora e burocracia continua. “Aqui a quantidade de funcionários não influencia, o sistema não funciona mesmo, é muita demora para agendamento das consultas e exames, a burocracia então nem se fala”, declara.