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Clipping

Congestionamentos tomam conta do CPA


26-02-2013 06:45 - Diário de Cuiabá

Servidores públicos sofrem com os congestionamentos que se tornaram rotina no Centro Político Administrativo (CPA). A área, que abriga os órgãos estaduais e entidades, recebe aproximadamente 2,7 mil carros por hora nos horários de pico desde que se tornou um dos desvios oficiais das obras para a Copa de 2014.

As ruas estreitas foram tomadas pelos veículos, o que dificulta a travessia dos pedestres e aumenta o número de acidentes. Quando acontece qualquer problema, os motoristas logo acionam as buzinas e o barulho pode ser ouvido dentro das repartições.

Cerca de quatro mil pessoas trabalham nas sedes dos órgãos do governo, conforme dados da Secretaria de Estado de Administração (SAD). O número exclui os usuários que diariamente visitam o local.

Para Marlene Moraes, controladora de veículos do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJ-MT), a obra mudou completamente a vida dela. “Ficou bem mais difícil. Antes do transtorno, eu demorava 40 minutos para vir da minha casa para o trabalho, agora levo mais de duas horas e meia.”

Moraes reclama da falta de pontos de ônibus no local, o que a faz andar por volta de 15 minutos até conseguir pegar o coletivo. “Ônibus para Várzea Grande nem para aqui, um ou outro só que para. E quando para, ainda tem o risco das motos e dos carros que não deixam os pedestres atravessarem. Tem dia que eu vejo pessoas demorando quase 20 minutos para conseguir atravessar a rua. Um absurdo”.

Osvaldo Junior também é controlador de veículos do TJ, ele conta que no trecho que vai do Supermercado Comper na avenida do CPA até a sede do TJ, trajeto de aproximadamente 1,5 quilômetros, gastava por volta de três minutos antes da obra. “Semana passada passei uma hora e meia no percurso, se eu tivesse ido a pé teria chegado em 20 minutos no máximo. O pior é que todos que trabalham por aqui também estão enfrentando o mesmo drama. E os amarelinhos só servem para dar multa, agora para organizar que é bom, nada.”

Segundo Junior, nem mesmo fora dos horários de pico estão os moradores estão livres do transtorno. “Dizem que as obras são para melhorar a nossa vida, mas até agora só piorou. O jeito é evitar as saídas. Se eu sei que vou ter que passar em algum desvio, penso duas vezes.”

O entregador Aluísio Ferreira Xavier trabalha há mais de dez anos entregando galões de água na região. Segundo ele, mesmo em horários alternativos demora aproximadamente 30 minutos a mais do que estava habitualmente acostumado. “Com o tanto de buraco que se tem por aqui, temos que andar quase parando. Se hoje você vê um pequeno, amanhã ele pode estar com o dobro do tamanho e aí o prejuízo é imenso.”

A avenida do CPA está parcialmente interditada para a construção do viaduto da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz-MT), um retorno elevado que vai permitir a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na região. As obras devem ser concluídas até o campeonato mundial, que acontece em 2014.
 


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