Carlos Magno critica a disparidade da quantidade de médicos

Após tomar conhecimento do levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina, divulgado nesta segunda-feira (18) Carlos Magno (PP-RO) lamentou que apesar do crescimento de registros de medicina a realidade esteja aquém da necessidade na prática em relação à saúde da população nortista, que conforme apresentação dos estudos realizados pelo conselho tem menos da metade de médicos (para cada mil habitantes) que a região sudeste do país.

O parlamentar comentou que apesar de todas as áreas atingirem a proporção recomendada pela Organização Mundial da Saúde, que é de um médico para cada mil habitantes o país precisa melhorar muito este número para atingir o essencial para a população brasileira. E alguns fatores que podem incentivar o crescimento da categoria é o de melhores condições de trabalho e uma maior valorização da classe, que atualmente é composta por muitos jovens e também conta com uma maior longevidade do profissional em atuação.

Outro ponto abordado pelo progressista foi à questão das dificuldades de revalidação do diploma no Brasil obtido pelos estudantes que cursaram medicina em Cuba, Argentina e especialmente na Bolívia onde inclusive reclamam do preconceito, excesso de burocracias, exigências e cobranças abusivas de taxas para os estudantes brasileiros.

Magno sugeriu que os programas de governo que financiam a educação deveriam promover acordos para que os residentes e/ou recém-formados pudessem prestar serviços nas regiões menos favorecidas, colocando em prática os conhecimentos que foram financiados pelo governo. Pontuou ainda que mesmo havendo abertura de muitos cursos de medicina em todo o país e mais ingressos que saídas de médicos em atividade, o que colabora para que atualmente mantenha-se forte a taxa de crescimento do número de profissionais mais rápido que o da população, é preciso oferecer benefícios para que mais pessoas tenham interesse de se capacitar a fim de exercer a função e também de se especializar em todas as áreas da medicina, cooperando para que a sociedade possa ter longevidade com qualidade de vida.

SAIBA MAIS:

O sudeste que é composto por apenas quatro municípios, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. É a segunda menor região do Brasil em extensão territorial, sendo maior apenas que a região sul e possui 80.975.616 habitantes (dados IBGE em 1º de julho de 2011) e a região norte composta por sete estados, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins é a maior região em extensão territorial e possui 16.095.187 habitantes.