I Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas

Entre os dias 18 e 21 de fevereiro acontece o I Encontro Nacional do
Movimento de Mulheres Camponesas. “Na Sociedade que a Gente Quer, Basta de Violência contra a Mulher!” é o tema do evento realizado pelo Movimento de Mulheres Camponesas (MMC).

O encontro, que será no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, espera reunir cerca de três mil mulheres camponesas vindas de 22 estados do país. O Movimento se preocupa não só com as condições das mulheres trabalhadoras do campo, mas também com a qualidade dos alimentos produzidos para a sociedade.

Temas como a produção de alimentos saudáveis, o combate à violência contras as mulheres e feminismo serão discutidos durante o evento. Atividades culturais e uma Mostra da Agricultura Camponesa também estão na programação. Outra intenção do encontro é promover debates para a criação de políticas públicas efetivas para a vida das camponesas.

Entre as presenças confirmadas estão Organizações de Mulheres Internacionais dos países de Cuba (Federação de Mulheres Cubanas), Honduras (Conselho para o Desenvolvimento Integral das Mulheres Camponesas), Colômbia (Federação Nacional Sindical Unitária Agropecuária), Venezuela (Frente Nacional Campesina Ezequiel Zamoura), Chile (Associação Nacional de Mulheres Rurais e Indígenas), Paraguai (Coordenadora Nacional de Organizações de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Indígenas), República Dominicana (Confederação Nacional de Mulheres do Campo), Itália (Universidade de Verona) e África (União Nacional de Camponeses de Moçambique e uma articuladora de organizações de camponeses da África do Sul - TCOE).

O Movimento de Mulheres Camponesas se consolidou em 2004 como um movimento autônomo, popular, classista, camponês, feminista e socialista com o primeiro Congresso Nacional, que contou com a participação de 1400 mulheres.
As mulheres camponesas são as pertencentes à classe trabalhadora, agricultoras, arrendatárias, meeiras, ribeirinhas, posseiras, bóias-frias, diaristas, parceiras, extrativistas, quebradeiras de coco, pescadoras artesanais, sem terra, assentadas, mulheres índias, negras, descendentes de europeus, em suma, a soma da diversidade do país.

Entre as conquistas do MMC estão o reconhecimento da profissão de trabalhadora rural, o salário maternidade e a aposentadoria da mulher da roça aos 55 anos.

Informações: http://www.mmcbrasil.com.br/site/