Faiad envolve Fórum Sindical na busca de alternativa para viabilizar plano de saúde

Somente a adesão em massa dos servidores públicos do Estado pode viabilizar o plano MT Saúde. O alerta partiu do secretário de Administração do Estado, Francisco Faiad, em reunião com representantes de 14 organizações do Fórum Sindical, que congrega quase 90% do funcionalismo público estadual.

Os dirigentes sindicais aceitam a missão de ‘vender’ para cada uma das categorias a necessidade de aderir ao plano. Todavia, como contrapartida, exigem que o MT Saúde tenha autonomia administrativa e financeira, deixando, assim, o Núcleo de Gestão Sistêmica da SAD e, ainda, que o Conselho Deliberativo do órgão seja composto, em sua maioria, por servidores.

Faiad convenceu a maioria do Fórum Sindical a assumir a inclusão dos servidores no plano de saúde público de Mato Grosso, durante movimentada reunião com os sindicalistas na tarde de terça-feira (29).

O sindicalistas desejam aproveitar o veto total do governador Silval Barbosa (PMDB) ao projeto de lei que mudava o formato do MT Saúde, aprovado em dezembro do ano passado pela Assembleia Legislativa, com emendas. Há dois problemas cruciais: o primeiro é que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) proíbe que o Poder Executivo utilize verba da Fonte 100 – receita própria para bancar o plano de saúde; e o segundo é ausência de um plano de inclusão do funcionalismo no seu próprio plano de saúde.

VETO GOVERNAMENTAL

O veto integral de Silval Barbosa à lei que cria o programa de Assistência à Saúde do Servidor Público, encaminhada à Assembleia Legislativa por iniciativa do próprio Poder Executivo, motivou os servidores a acatar a parceria proposta por Faiad, durante reunião com o Fórum Sindical. Pouco antes, o secretário de Administração havia se reunido com o deputado Romoaldo Júnior (PMDB), líder do Governo na Assembleia.

Indicado pela Executiva do PMDB, Francisco Faiad recebeu de Silval como uma de suas principais missões a recuperação do MT Saúde e a reformatação da Previdência Social do Estado.

“Sem dúvida, o MT Saúde é uma conquista dos servidores e não pode terminar. A situação chegou nesse ponto por culpa do governo, dos atrasos no pagamento dos prestadores de serviço e da má gestão”, afirmou o presidnete do Sindicato dos Servidores da Agricultura (Sinterp), Gilmar Brunetto, o ‘Gauchinho’, um dos coordenadores do Fórum Sindical. “Os usuários foram saindo e o plano perdeu a credibilidade. Quero saber o que efetivamente está sendo feito para recuperá-lo”, emendou Gauchinho Brunetto.

A presidente do Sintetran-MT, Veneranda Acosta, entende que o MT saúde é viável. Atualmente, 13 mil pessoas são atendidas. Com a parceria da SAD com os sindicatos, em poucos meses, deve superar 50 mil vidas.

“A discussão é para que o MT Saúde seja fortalecido e o servidor tenha condições de usufruir do benefício por meio do programa de atendimento eficaz e de qualidade”, emendou Veneranda.