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Clipping

Com maior parte das ambulâncias quebradas, Samu tenta resistir à falta de estrutura e sucateamento


30-01-2013 09:50 - 24 Horas News

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Tangará da Serra, no médio Norte de Mato Grosso, está em uma situação precária. O local que funciona em uma estrutura improvisada na Avenida Ismael José do Nascimento (Rua 1) não oferece condições de trabalho. As ambulâncias ficam a maior parte do tempo na rua, se desgastando com o sol e a chuva. Não há como fazer a lavagem dos veículos porque não existe local adequado para isso. Muito menos para guardar os equipamentos utilizados em atendimentos de ocorrências.

Das cinco ambulâncias do Samu disponibilizadas, apenas duas estão funcionando. Três delas encontram-se quebradas em oficinas da cidade. O Samu foi desalojado de sua estrutura junto à Unidade Mista, para reforma e ampliação. Como as obras não foram concluídas a equipe continua atendendo em local não adequado, há aproximadamente seis meses.

O vereador Fábio de Brito encaminhou ao Executivo Municipal um requerimento cobrando informações sobre repasses da saúde que deveriam ser feitos pelo Governo do Estado. Ele quer saber ainda sobre o repasse destinado ao Samu. “Visitei o prédio do Samu e vi que as instalações estão horríveis. Os servidores são heróis, por conseguirem trabalharem daquela forma. O governador está deixando de cumprir os compromissos e encaminhar os repasses do Serviço”, diz.

Brito se atentou ainda para o fato de que a maior parte das ambulâncias está quebrada e precisam ser trocadas com urgência. “A lei é clara. Sabemos que o Governo Federal repassa 50% de recursos, 25% são responsabilidade do Estado e 25% do Município. Acontece que o Estado não está fazendo o repasse. Quero informações detalhadas desse valor e do último repasse feito à Saúde e ao Samu”, acrescenta.

A situação do Samu em Tangará da Serra, a rigor, é ma síntese do que acontece no Estado. As críticas contra as autoridades são pesadas por considerar em curso a existência de uma política que visa o sucateamento do serviço, de forma a se promover a sua entrega para a iniciativa privada. O Governo de Mato Grosso já deixou claro que pretende fazer com que o serviço seja gerido por uma Organização Social de Saúde (OSS).

O edital de chamamento para a licitação do Samu foi publicado em 14 de dezembro de 2012 e a abertura dos envelopes, bem como a divulgação dos resultados da primeira etapa, estavam previstos para o dia 15 de janeiro. Assim foi feito, mas as duas empresas interessadas em gerenciar os serviços foram consideradas inabilitadas pela comissão avaliadora, por apresentarem irregularidades nos documentos apresentados. 


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