Faiad e Riva já discordam sobre a função dos núcleos sistêmicos

O secretário estadual de Administração Francisco Faiad (PMDB), e o presidente da Assembleia Legislativa José Riva (PSD) estão divergindo por causa dos núcleos sistêmicos. Os órgão padronizam as atividades comuns das secretarias, incluindo compras e execução de contratos.

Riva reivindica a extinção dos núcleos sistêmicos porque que, segundo ele, emperram o funcionamento da máquina pública e burocratizam o sistema que já andaria a passos lentos. O parlamentar também afirma que um dos objetivos do PSD ter reassumido cargos no Governo foi trabalhar pela extinção dos núcleos sistêmicos para que as pastas voltem a ter mais autonomia na execução orçamentária. O partido mantém no secretariado, Janete Riva (Cultura), Meraldo Sá (Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar), Chico Daltro (Vice-Governadoria e Cidades), além de presidentes de autarquias estaduais.

Já Faiad, que recentemente recebeu do governador Silval Barbosa (PMDB) a tarefa de coordenador os 12 núcleos sistêmicos, não admite a extinção e defende que são ferramentas necessárias para dar transparência às licitações. “São importantes para o controle orçamentário não só das receitas, mas também das despesas. Se faz necessário para o cumprimento da LOA e da Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirma.

Apesar disso, Faiad reconhece que precisa dar maior celeridade aos processos e aponta que vai trabalhar para isso, tanto que vai abrir diálogo com aqueles que são críticos do modelo. As críticas aos núcleos são antigas. Assim que foi reeleito em 2010, Silval cogitou acabar com os núcleos sistêmicos criados em 2007, na gestão Blairo Maggi (PR), diante de críticas de secretários e servidores.