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Estado alerta população para ocorrências de Hanseníase


23-01-2013 12:35 - Clic Hoje

Dia 27 de janeiro é o Dia Mundial de Combate a Hanseníase. A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), seguindo orientações do Ministério da Saúde (MS) para a aplicação do Programa Estadual de Combate a Hanseníase, desenvolve ações contínuas de combate, controle e enfrentamento da doença, em parceria com as secretarias municipais de Saúde, igrejas e Sociedade Civil Organizada em todas as regiões do Estado.

Para esta data estão programadas diversas atividades em alusão a data, como palestras, debates e mobilização social com objetivo de levar à população e aos profissionais de saúde, informações relevantes sobre a doença e as medidas de prevenção, como orientações gerais sobre os principais sintomas, sinais e formas de prevenção, controle e tratamento da hanseníase.

“Como o nosso objetivo é conscientizar e informar incessantemente o maior número de pessoas quanto a doença, no decorrer da semana, que antecede o dia 27, estaremos fixando e divulgando informações nos locais de maior circulação de pessoas e diversas mídias. A sensibilização, também em parceria com outras entidades e órgãos públicos como nas contas de água e energia e estratos bancários. Quanto maior a divulgação da hanseníase, maiores são as chances de detecção de casos novos, tratamento e consequentemente a cura do paciente”, informou a técnica do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, Ingridh Farina.

Segundo ela, tão importante quanto a realização de exames nos pacientes diagnosticados ou suspeitos é também da realização de exames nos familiares, amigos e pessoas próximas ao paciente para uma possível detecção de um novo caso da doença. Muitas vezes, isso passa despercebido. “Na batalha contra a hanseníase, Mato Grosso vem investindo na busca de novos casos e no tratamento oportuno em especial atenção para as comunidades que vivem em condições precárias”, salientou a técnica.

Dados parciais mostram que, no ano de 2012, foram registrados 2.110 casos novos da doença, com índice de cura de 82%. Já no ano de 2011 foram notificados 2.656 casos novos. Em 2010, foram 2.573 casos novos. “O Ministério da Saúde preconiza um índice de cura de 90%. Por isso a necessidade dessas ações de sensibilização e conscientização da população para o acompanhamento e tratamento de todos os casos. A hanseníase tem cura e não é hereditária, e o diagnóstico precoce evita a instalação de futuras incapacidade física e deformidades dos pacientes que são responsáveis pelo preconceito e estigma da doença”, declarou ainda Ingridh.

Para descobrir todos os casos existentes, o Estado trabalha em parceria com os municípios, visto que é na atenção básica que se busca a detecção e cura. Conforme a Técnica, uma das ações da atenção básica tem sido a realização exame de dos contatos intradomiciliares, ou seja, avaliação das pessoas que residam na mesma casa onde já há um caso da doença. Neste caso, é aplicada a vacina BCG que melhora a imunidade da pessoa, embora não evite que ela contraía a doença. O Estado também vem concentrado todos os esforços para melhorar o exame de contato.

Atualmente, 100% das cidades mato-grossenses desenvolvem as ações de prevenção da hanseníase, sendo que 77% das unidades de saúde do Estado contam com programas de controle da doença. A Saúde também tem investido na supervisão, capacitação de profissionais e em campanhas de comunicação educação. O tratamento da hanseníase é gratuito e tem uma duração de seis a doze meses. “Sete dias após o início do tratamento, a pessoa não transmite mais a doença, porém é necessário que se concretize o tratamento para se obter a cura”, explicou técnica.

O QUE É: A hanseníase é uma doença causada por um bacilo, o Mycobacterium leprae, É transmitida pelo ar, pelas gotículas de saliva. O bacilo é eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente na forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar ou tossir. Por isso é importante examinar todas as pessoas que moram ou convivem com a pessoa doente. Após iniciado o tratamento a pessoa não transmite mais a doença. Alguns fatores, como o uso de água tratada, prática de saneamento básico, condições habitacionais confortáveis, podem diminuir a ocorrência da doença. 

 


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