Hospital Central: uma obra que carrega o trabalho coletivo dos servidores da saúde

A inauguração do Hospital Central, marcada para esta sexta-feira (19), representa mais do que a entrega de uma estrutura física aguardada há décadas em Mato Grosso. O momento simboliza o esforço técnico, coletivo e permanente de servidores públicos da saúde que, ao longo dos anos, dedicaram conhecimento, tempo e compromisso para transformar um projeto paralisado em uma unidade de alta complexidade a serviço da população.

Por trás do hospital que agora se torna realidade, há uma equipe de servidores de carreira que planejou, redesenhou, executou e acompanhou cada etapa do processo. Para representar esse trabalho coletivo, o Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso (SISMA-MT) ouviu o Arquiteto pós-graduado em Arquitetura Hospitalar e Saúde Pública, César Mendes, servidor da Secretaria de Estado de Saúde desde 2003, que foi o responsável técnico pela concepção do projeto de readequação do Hospital Central.

César iniciou sua trajetória na SES ainda como técnico administrativo, atuando desde o início no setor de engenharia da secretaria. Ao longo dos anos, construiu sólida formação técnica, com experiência nacional e internacional, sempre mantendo vínculo com o serviço público de saúde. Quando surgiu a oportunidade de contribuir com o Hospital Central, fez questão de que o projeto fosse construído de forma coletiva, envolvendo diferentes áreas da secretaria.

O desafio era significativo. O prédio estava paralisado há 34 anos e não atendia mais às normas atuais da Vigilância Sanitária, do Corpo de Bombeiros e de outros órgãos de controle. Foi necessário reaproveitar parte da estrutura original, demolir áreas comprometidas e promover intervenções profundas para garantir segurança, funcionalidade e adequação às normas técnicas vigentes. Durante a execução da obra, novas dificuldades surgiram, exigindo reforços estruturais especializados e acompanhamento técnico constante.

Esse processo só foi possível, segundo César, graças ao trabalho integrado entre o projeto arquitetônico e a execução da obra, conduzida pelo setor de engenharia da Secretaria de Estado de Saúde. Ele faz questão de destacar a atuação da secretária adjunta de Infraestrutura e Tecnologia da Informação, Maiara Galvão, e de toda a equipe técnica que esteve à frente da obra, formada por engenheiros e arquitetos servidores da SES, que acompanharam de perto cada adaptação necessária ao longo da execução.

Também integraram diretamente esse trabalho os arquitetos da Secretaria de Saúde que atuaram no desenvolvimento e na execução do projeto: Adriano Toazza, Felipe Maluf e Fernanda Luz, além de outros profissionais do setor de engenharia e obras da SES. A atuação conjunta garantiu que o projeto fosse ajustado à realidade da obra, mantendo qualidade técnica, segurança e eficiência, sem necessidade de contratação externa para elaboração do projeto arquitetônico.

Cerca de 40 profissionais estiveram diretamente envolvidos no desenvolvimento do projeto, entre arquitetos, engenheiros, analistas e técnicos especializados. A ação teve o envolvimento indireto de 100 servidores só no setor de Infraestrutura.

O Hospital Central nasce com a missão de atender demandas históricas da alta complexidade em Mato Grosso, especialmente nas áreas de cardiologia, neurologia e ortopedia. A nova unidade permitirá reduzir o envio de pacientes para outros estados, diminuindo custos, encurtando distâncias e oferecendo mais conforto às famílias. Com a ampliação significativa de leitos, inclusive de UTI, a expectativa é de impacto direto na regulação de vagas e na redução das filas de espera em todo o estado.

Para o presidente do SISMA-MT, Carlos Mesquita, a inauguração do Hospital Central precisa ser compreendida como uma vitória dos servidores públicos. Segundo ele, obras passam e governos mudam, mas os servidores permanecem. “Nada se faz sem os servidores públicos. São eles que atravessam gestões, enfrentam crises e garantem, todos os dias, que o SUS funcione e chegue a quem mais precisa. O Hospital Central é prova de que investir no servidor é investir em um serviço público mais eficiente, humano e comprometido com a vida”, afirmou.

Mesquita reforça que valorizar o servidor é reconhecer que o conhecimento técnico acumulado dentro do serviço público gera economia, qualidade e resultados concretos para a sociedade. O trabalho desenvolvido pelos servidores públicos demonstra que, quando há estrutura, confiança e valorização, o Estado ganha e a população é diretamente beneficiada.

Ao refletir sobre o significado desse trabalho, César Mendes destaca que o serviço público deixa marcas que vão além do presente. O trabalho dos servidores desenvolvido por muitas mãos, seguirá salvando vidas e atendendo a população por muitos anos. Para ele, o verdadeiro valor da obra está nas pessoas que a tornaram possível e no compromisso coletivo com a saúde pública.

A inauguração do Hospital Central, portanto, não é apenas a entrega de um prédio. É o reconhecimento de que o SUS é feito por servidores públicos que planejam, executam, cuidam e acreditam que a saúde é um direito. Um trabalho muitas vezes silencioso, mas essencial, que agora se materializa em uma das mais importantes estruturas de saúde de Mato Grosso.



(Imagens da obra disponibilizadas pelo Cesar Mendes)



(Projeto Realizado pelo Cesar Mendes, antes de passr por algumas alterações) 


Fotos Oficiais: Antonio Pinheiro/Secom-MT