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Enfermeira filiada ao SISMA MT integra missão da Força Nacional do SUS no RS


06-06-2024 12:19 - ASSESSORIA SISMA/MT

As enchentes podem até ter dado uma trégua no Rio Grande do Sul, mas os estragos dessa – que foi a maior tragédia ambiental registrada no estado – seguem impactando as vidas das pessoas e adiando – até tirando as esperanças – o recomeço. Sem se intimar com as dificuldades enfrentadas pela população local,  Ligia Christiane Arfeli, enfermeira lotada no SAMU, é uma representante de Mato Grosso. A filiada do SISMA/MT integra a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e está atuando na cidade de Canoas.

Conforme seu próprio relato, a situação é muito difícil, pois o momento pós-enchente revela os verdadeiros danos, perdas e prejuízos. “Tudo muito difícil, é o momento em que as pessoas estão se deparando com a tragédia, enfrentando a tragédia do pós-enchente. É a constatação de que nada ficou de pé, tudo está destruído, da casa aos móveis. Animais mortos. Sensação de completa desolação, sem norte, a maioria sem ânimo de recomeçar. É muito triste ver tanta gente sofrendo”.

Como explica, ela integra a Força nacional com 63 profissionais da área da saúde. De Mato Grosso, apenas ela se voluntariou. “Aqui {em Canoas} nós estamos no hospital de campanha ofertando atendimento médico de urgência e emergência e tudo o que precisar, especialmente atendimento às pessoas que ainda estão em abrigos. A equipe tem médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e farmacêuticos. É uma escala puxada de serviço, muito serviço, mas está sendo muito gratificante participar desse momento e poder levar um pouco de consolo, de cuidado, de assistência, de amparo para esse pessoal aqui, um pouco de esperança também. Porque a gente conversa muito, o trabalho vai além”, completou.


O presidente do SISMA MT, Carlos Mesquita, destaca com orgulho a dedicação da colega e servidora do SUS. “As enchentes arrasaram cidades e há mais de um mês muitas pessoas seguem sem poder voltar para suas casas e sem chances de saber quando poderão tentar retomar a rotina, a vida. A destruição atingiu níveis que a gente nem consegue acreditar, ou ter a percepção da sua extensão e dos impactos de seus danos, somente estando lá. E eu fico orgulhoso por saber que existem profissionais do SUS de MT, especialmente do SAMU, que se dedicam ao próximo de forma direta, presencial. O acolhimento, a escuta e disponibilidade do tempo de cada um têm o mesmo efeito, faz tão bem quanto o atendimento médico. Me atrevo a dizer, que em alguns casos, a escuta é o melhor remédio, pois as pessoas atingidas estão fragilizadas e precisam ser ouvidas”.

Lígia destaca ainda que bairros inteiros estão repletos de montanhas e montanhas de lixos, de coisas que não prestam mais. A enchente trouxe lama de esgoto para dentro das casas, então o odor é horrível. Essa realidade causa muitas doenças, tanto respiratórias, quanto gastrointestinais e aumenta o risco de uma leptospirose. Mas o nosso trabalho é cuidar dessa gente, amparar essa gente, a gente ainda está atendendo, tem muita gente no abrigo ainda. Estamos atendendo, cuidando e orientando”.



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