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2 de abril: Dia Mundial da Conscientização do Autismo.


02-04-2024 09:06 - Patrícia Estefany (estagiária sob supervisão da Diretoria de Comunicação)


02/04, uma data importante e especial. Esta data é significativa para a luta por direitos e igualdade social para aqueles que tem o espectro autista. É o dia Mundial da Conscientização do Autismo, criado pela ONU no ano de 2007, especialmente voltado para a conscientização da sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

Sabendo o quão fundamental é a propagação da informação de qualidade, para que possamos entender melhor sobre o transtorno e pôr fim ao preconceito e discriminação que cercam as pessoas com TEA, o presidente do SISMA, Carlos Mesquita, também pai de uma criança autista de 9 anos, convidou a servidora Solanyara Maria da Silva Nogueira, mãe de um autista de 16 anos, a falar sobre as lutas diárias para aquelas que muitas vezes precisam abrir mão da própria vida para cuidar do seu grande amor, os filhos especiais. 

Solayara é Doutora em Nutrição e conta que existem vários tipos de “Níveis de Suportes”:

- Nível de suporte 1: São pessoas que não precisam de tanto apoio;

- Nível de Suporte 2: São as que tem maior prejuízo de interação social e precisam de apoio mais especifico;

- Nível de suporte 3: Quando o nível de comunicação e interação social tem prejuízo maior e que requer maior suporte e cuidados.

Mãe de autista nível 3, Dra. Solayara revela que os sinais e os sintomas já podem ser observados logo nos dois primeiros meses após o nascimento, como os prejuízos no contato visual. Segundo ela, "uma criança que não gosta muito do toque, ela fica incomodada no colo, ela é mais irritadiça". Além da observação quanto às fases de desenvolvimento motor da criança, como engatinhar,  é preciso observar se ela faz ou não interação com outras crianças, se ela não sorri. São vários sinais que podemos observar nos primeiros 12 meses de vida da criança. “Até mesmo antes dos dois meses de vida, já existem alguns sinais e sintomas, quando podemos observar se existe o TEA. Após um ano de idade, a gente observa a questão do contato visual, da fala, do comportamento que são prejudicadas, incluindo as brincadeiras repetitivas”.

Dra. Solayara salienta a importância dos pais ou responsáveis de se atentarem quanto aos sinais e levarem a criança o mais rápido possível a um médico, para que o mesmo possa encaminhá-la a uma equipe multidisciplinar, até que o diagnóstico seja realizado de forma cuidadosa, com participação e intervenção de vários profissionais e sessões.


Falando sobre as leis:

Questionada se as leis trazem maior proteção para quem tem o TEA e quem convive com uma criança autista, ela afirma que: “A questão não é uma maior proteção com as leis. Existem vários dispositivos legais, existem várias leis, só que o cumprimento dessas leis são falhos. A gente precisa é de fiscalização maior, de uma disseminação de informações, a gente precisa que as pessoas possam se assegurar diante dessa lei, com conhecimento de causa”.


Qualificação:

Em alusão ao mês da Conscientização do Autismo, no dia 18 de abril, às 14h, a Escola de Saúde Pública (ESP/MT) vai promover a aula inaugural do “Curso de Qualificação para Profissionais da Rede de Atenção à Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (QualiTEA)", na Modalidade EaD, que acontecerá de abril a julho de 2024, para todos os profissionais que atuam diretamente com a população autista dos municípios de Cuiabá, Várzea Grande e da região de São Felix do Araguaia, no Estado de Mato Grosso: cuidadores escolares, de preferência efetivos, professores, coordenadores pedagógicos, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, psicólogos e psicopedagogos).

Ao final do curso, cada profissional irá absorver: O conhecimento histórico acerca do autismo, da inclusão social e inclusão escolar; Terá informações pertinentes e fundamentais para entendimento do funcionamento do cérebro típico e atípico; Passará a reconhecer os diferentes subtipos de autismo e outros transtornos do neurodesenvolvimento; Passará a desenvolver um olhar crítico para os diferentes tipos de transtornos do neurodesenvolvimento que acompanham o TEA e como podem afetar o desempenho escolar e social; Irá identificar, analisar e saber diferenciar características de TEA e suas comorbidades; Saberá utilizar ferramentas para intervenções baseadas em antecedentes e análise funcional, para identificar e manejar comportamentos interferentes e disruptivos; Desenvolverá modelos para que haja comunicação entre família e profissionais de saúde e educação; Passará a elaborar o plano terapêutico individualizado; e aplicará os instrumentos de avaliação funcional para identificação de comportamentos. 

 

Com carga horária de 80 horas, 150 profissionais inscritos serão divididos em 5 turmas. O curso será de forma gratuita, com início no dia 18/04, com transmissão no canal do YouTube da ESP/MT.

 (https://youtube.com/@escoladesaudepublicademato5827?si=-JWmph8ZN70uEC47 ). 

Para ministrar a qualificação, foi convidado o professor médico psiquiatra da infância e adolescência, Dr. Bruno Duarte.



Patrícia Estefany (estagiária sob supervisão da Diretoria de Comunicação)


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