Empresas interessadas em gerenciar o Samu são consideradas inabilitadas
Os servidores do Samu que participaram, nesta terça-feira, 15 de janeiro, da avaliação dos documentos entregues pelas empresas interessadas em gerenciar o serviço comemoraram a decisão das comissões avaliadoras (Comissão Permanente de Licitação e Comissão Permanente de Contrato de Gestão): as duas empresas candidatas, IDEAIS (Instituto de Desenvolvimento Estratégico e Assistência Integral à Saúde ) e INDSH (Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano), estão inabilitadas por irregularidades na documentação. As empresas têm 8 dias para recorrer da decisão da comissão, de acordo com o edital de licitação.
A avaliação do movimento em defesa da Saúde Pública, do qual o Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso (Sisma/MT) faz parte, é de que as empresas só foram consideradas inabilitadas por causa da presença dos servidores, que chegaram com faixas, mas não puderam expor, impedidos pela própria comissão avaliadora, formada também por servidores públicos. O presidente da Comissão, João Henrique Paiva, também pediu para que não tirassem fotos, nem filmassem o processo, que é público.
As duas empresas participantes pontuaram, para constar em ata, o que consideram estar irregular na documentação entregue pela concorrente.
Segundo João Henrique Paiva, a ata desta avaliação pública será disponibilizada em breve nos canais oficiais de comunicação do Governo do Estado.
Ontem, a presidente do Sisma, diretores e filiados fizeram vigília em frente a Secretaria de Estado de Saúde, junto a outras entidades, manifestando insatisfação com a entrega dos serviços públicos do setor à iniciativa privada. "O que é de competência constitucional do Estado não pode ser terceirizado, isso é privatização. Daqui a pouco eles vão terceirizar também a segurança pública, o ensino, tudo o que for público, para que empresas que querem só lucro vivam do dinheiro do cidadão que paga seus impostos para que possa ter serviços públicos, gratuitos e de qualidade", disse a presidente do Sisma/MT, Alzita Ormond.
