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Kamil quer policiais nas unidades para evitar ataques aos médicos


15-01-2013 12:28 - RD News

O secretário municipal de Saúde e ex-presidente da Unimed Cuiabá Kamil Fares (PDT) está preocupado com o bem-estar dos médicos que atendem aos usuários do SUS. Por isso, busca maneiras de evitar possíveis agressões dos usuários do SUS que sofrem à espera de atendimento e anunciou que vai colocar policiais para fazer a segurança 24 horas dos profissionais que fazem plantão nas policlínicas.
Se não houver efetivo suficiente como tem argumentado a secretaria estadual de Segurança Pública, Kamil afirma que irá contratar segurança particular para proteger os profissionais de serem agredidos por pacientes e seus acompanhantes. “Precisamos manter a ordem e a racionalidade nesses ambientes”, afirma.

O secretário reconhece que as situações de agressões são freqüentes nas unidades porque não existe respeito mútuo entre atendentes e atendidos. De um lado, os profissionais trabalham em situações precárias e não conseguem oferecer um atendimento digno. Do outro lado, as pessoas perdem o controle com a longa espera e com a peregrinação pelas unidades de saúde da capital à que são submetidos, em virtude da insuficiência de médicos para atender a demanda e dos plantonistas faltosos.

Questionado se vai tomar alguma providência para controlar ou punir os profissionais da Saúde que rotineiramente faltam aos postos de trabalho, como a instalação dos pontos eletrônicos cogitados pelo prefeito Mauro Mendes (PSB), o secretário desconversa. “Vamos ter que analisar, parece que tem profissional recebendo salário de até R$ 1,4 mil. O que a gente sabe é que concursados faltam menos, porque existem perspectivas de aposentadoria”, avalia.

Para estimular os profissionais e acabar de vez com as greves, Kamil também fala em acertar com os médicos as complementações salariais atrasadas, conhecidas pejorativamente como mensalinhos. O benefício é concedido levando-se em conta a assiduidade dos médicos. A prefeitura estaria em débito com os profissionais há 3 meses, motivo pelo qual a categoria esteve paralisada por 2 meses e só voltou 100% ao trabalho no último dia 2.

Kamil foi presidente da Unimed Cuiabá por muitos anos, já administrou diversos unidades hospitalares privadas e foi secretário estadual de Saúde por cerca de 10 dias. Nomeado pelo governador Silval Barbosa (PMDB), ele ficou no cargo alguns dias e pediu exoneração alegando “não concordar com o que viu”.

Motociclistas

Kamil Fares diz que uma das ações emergenciais da pasta será contratar 50 novos médicos e trabalhar em conjunto com a secretaria de Trânsito e Transporte (SMTU) para reduzir o número de acidentes de trânsito envolvendo motociclistas.o secretário observa que os traumas de motoqueiros são os que mais lotam o pronto-socorro. Ele salienta que tem equipe médica que está operando entre dez e 11 acidentados e que o custo com o tratamento deste público é muito pesado. “Imagina você remendar uma pessoa que parece ter sido colocada em um liquidificador”, ressalta. Além de ser onerosa a colocação de placas e parafusos de titânio para a regeneração dos ossos quebrados, quando há traumas cerebrais as pessoas ocupam leitos de UTI por um longo tempo.
 


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