Representantes do Fórum Sindical enviaram uma carta ao secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, ao secretário de Fazenda, Rogério Gallo, e ao secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, com a intenção de agendar reunião até a próxima terça-feira (8) , o objetivo dos sindicalistas é buscar o diálogo sobre o pagamento da Revisão Geral Anual, referente aos anos de 2017 a 2021.
Os representantes dos servidores do Estado avisaram antecipadamente que se não forem atendidos, pretendem deliberar em conjunto com suas bases uma greve geral a partir de semana que vem.
No documento encaminhado os representantes sindicais relatam que os servidores estão pressionando os sindicatos por uma resposta objetiva sobre o não pagamento da reposição salarial que vem sendo postergada desde o ano de 2018, enquanto o volume de incentivos e isenções fiscais sobre estratosféricamente impedindo um alívio nas contas do Estado, que fica inviabilizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal de conceder a recomposição inflacionária e, enquanto isso, os poderes legislativo e judiciário obtém sua recomposição ano a ano e várias benesses no mesmo período.
“O governo não pode falar em momento nenhum que não tem condições de pagar a RGA dos servidores públicos, porque já vai terminar o ano com R$ 20 bilhões no caixa. O Governo cresceu com a arrecadação neste tempo de pandemia e é um dos poucos estados do Brasil que não sofreu com arrecadação. Então o Estado tem que também ver a situação dos trabalhadores que está defasada em 17% no nosso pagamento”, disse o servidor Edmundo César Cícero Leite, presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Simpaig-MT), que não descartou greve geral, no caso da classe não ser atendida.
“Estamos aqui democraticamente pedindo uma reunião para discutirmos esta situação, com o máximo de urgência possível. Se durante a semana que vem não tivermos nenhuma resposta, infelizmente já estou avisando que não temos outro mecanismo a não ser uma paralização generalizada no Estado de Mato Grosso. Estamos lutando por nossos direitos. Se eles são contra a greve, que pagam pelo nosso direito”, destacou.
O início do mês de novembro, o secretário de Fazenda Rogério Gallo declarou que a parcela fixada em 2017 e que não foi concedida em 2018 da RGA será paga no próximo ano.
Já sobre 2021, o secretário explicou que o Estado não poderá realizar o pagamento em função da Lei Complementar Federal n° 173, que impede os Estados e municípios de concederem o pagamento em decorrência da crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Promessa de campanha de Mauro Mendes (DEM) em 2018, o pagamento da RGA vem sendo cobrado pelos servidores públicos desde a gestão do ex-governador Pedro Taques (SD).
com infomações: Carlos Gustavo Dorileo / Do Local – Max Aguiar – Olhar Direto