Wellington diz que PEC poderá salvar Henry e outros 2 cassados

O deputado federal Wellington Fagundes (PR) acredita que pode haver nova reviravolta no julgamento do Mensalão, encerrado pelo Supremo Tribunal de justiça (STF) nesta segunda (18). Ele adianta que grande parte dos congressistas se mostram inconformados com a decisão do STF, que determinou a cassação automática Pedro Henry (PP), Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e João Paulo da Cunha (PT-SP).

“Tem caminhos a serem tomados para não ferir o que está na Constituição. O Congresso pode fazer uma PEC para deixar mais claro, porque na verdade não transitou em julgado e a situação tem recursos”.

O republicano lembra que os recessosparlamentar e Judiciário, aliados ao tempo necessário para apreciar os recursos dos condenados, devem favorecer a tomada de alguma atitude por parte do Congresso, que se mostra insatisfeito com a decisão.

Acontece que caberia a Câmara Federal decidir o futuro dos mandatos dos condenados, mas o STF interferiu. “Esse tempo é suficiente, para não haver choques entre os poderes, fazer uma avaliação”, salienta.

Apesar disso, Wellington afirma não ser contrário a decisão. “Eu não sou jurista”. Enfatiza que a PEC é um caminho, mas que a palavra final é do STF. Apesar disso, deixa transparecer uma preocupação dos parlamentares. “Prefiro não analisar o caso de Pedro Henry, mas sim o aspecto geral. Poderia ser eu qualquer um, até eu”.

O republicano pontua, no entanto, que a cassação de Henry é uma perda para o Estado porque o progressista é competente, experiente e trabalhador.

“Até agora está se discutindo se houve ou não houve o Mensalão. Se houve, quem foi beneficiado? Foi o Lula? E quem decidiu? As decisões foram viciadas?”. O julgamento do Mensalão foi o mais demorado da história. Foram 53 sessões, que ocorreram desde 2 de agosto, sendo que 25 dos 38 réus do processo foram condenados.