Enquanto o deputado federal Pedro Henry (PP) busca ganhar tempo para permanecer na Câmara Federal diante do posicionamento do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP), que acredita ser do Legislativo a última palavra sobre a perda do mandato dos parlamentares, as bases eleitorais do primeiro suplente, Roberto Dorner (PSD), comemora a futura posse do peessedebista.
Assim como cabos eleitorais de Dorner, que é dono da TV Rondon, afiliada do SBT, uma boa fatia do PSD também comemora a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a perda dos parlamentares que foram condenados por participar do esquema do mensalão.
O clima de animosidade entre então correligionários do PP continua. O partido sofreu uma debandada após a criação do PSD. Dezenas de prefeitos, vereadores e deputados estaduais acompanharam o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, no novo partido.
O vice-governador Chico Daltro, antes filiado ao PP, também ingressou no PSD e hoje preside a sigla no Estado.
Além da iminente derrota de Henry com a saída da Câmara, outro progressista, o segundo suplente de deputado Neri Geller também enfrenta resistência ao seu nome no âmbito federal.
Há pelo menos dois meses o seu nome foi indicado para ocupar a Secretaria Executiva de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e até ontem (17) a sua nomeação não havia sido confirmada.
O nome de Geller está sendo avaliado pela Agência Brasileira de Informações (Abin), um critério para quem ocupa cargos na esfera federal.