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Silval anuncia ‘auditorias’ para detectar irregularidades na Saúde


18-12-2012 12:45 - Olhar Direto

Após inúmeras críticas da sociedade e categoria médica sobre o caos na saúde pública de Mato Grosso, o governador Silval Barbosa (PMDB) informou nesta segunda-feira que irá colocar “auditorias” mensais para verificar eventuais fraudes ou irregularidades nos sete hospitais sob gestão do Estado. Ele também mencionou que colocará auditoria até no seu “gabinete”.

“Há sempre questionamento da saúde. Eu vou colocar auditorias para acompanhar mês a mês todos os hospitais”, afirmou ao Olhar Direto após 2 horas de entrevista à TV Record. “Onde houver denúncia, vou colocar auditor, até dentro do gabinete nosso”, reforçou à reportagem.

“O governo às vezes tem ato, e que não chega ao conhecimento do governador. Nada que sai da caixa do governo não é auditado e controlado”, atesta sobre gastos públicos.

Silval Barbosa afirma que de tanto questionamento das OSSs, ele resolveu colocar auditor para colocar uma lupa principalmente nos gastos da saúde.

“Isso me chamou a atenção (crítica das OSSs). E eu vou colocar auditor dentro de cada convênio e contrato dos 7 hospitais que temos gestão”, revela.

Durante a entrevista, o governador também falou de interrupção na Justiça e obras do Veículo Leve sobre Trilho (VLT), polêmicas sobre repasse de fundos do governo para a conta única do tesouro estadual, segurança, educação e investimentos na região metropolitana e em 44 municípios em rodovias com o projeto MT Integrado.

OSS e MT Saúde

Ele foi questionado sobre a atuação das Organizações Sociais de Saúde (OSSs) e gastos excessivos do setor, como no plano do servidor público estadual (MT Saúde), e sobre a recomendação do Tribunal de Contas (TCE-MT) de afastamento do secretário estadual de Saúde, Vander Fernandes.

“O que o TCE mostrou, vou com auditoria pontual”, explica um exemplo. Há duas semanas Silval posterga de dar uma resposta direta sobre a exoneração ou não do secretário.

Silval também confirmou na entrevista à televisão o que já havia dito em entrevistas anteriores: de que o problema no MT Saúde é administração. “Aconteceu um problema de gestão mesmo no MT Saúde. Parte do servidor arrecada R$ 6 milhões e o Estado entrava com R$ 3,5 milhões”, cita.

O objetivo quando criado o plano era ele ser autossustentável em cinco anos, diz Silval. O que não aconteceu, pois dos 98 mil funcionários, cerca de 15 mil a 17 mil tinham o plano, mas havia cerca de 55 mil assegurados com os parentes dos servidores.

“Era um problema de gestão. Você tinha R$ 9,5 milhões e chegou momento de gastar R$ 15 milhões, R$ 16 milhões, R$ 17 milhões com o plano. Aí, tem que ter furo”, argumenta. Tinha déficit de R$ 60 milhões a R$ 70 milhões”, informa. Ele diz que neste mês encerra todas as dívidas com hospitais, clínicas e laboratórios. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa investiga as contas do MT Saúde.

O governo de Mato Grosso tem gestão terceirizada da saúde compartilhada com OSSs nos sete hospitais regionais (Cáceres, Colíder, Rondonópolis, Sorriso, Metropolitano de Várzea Grande, Alta Floresta e Sinop). Nos casos de Sorriso, Sinop e Colíder, conforme reportagens de setembro do Olhar Direto, houve falta de pagamento para serviços prestados. 


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