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Silval: faltou gestão no MT Saúde


18-12-2012 10:22 - Diário de Cuiabá

O governador Silval Barbosa (PMDB) afirma que os gestores que estiveram à frente do MT Saúde não souberam administrar o Plano, principalmente no que diz respeito a orçamento. Para o peemedebista, que foi entrevistado na TV Record, houve “problemas de gestão”, por isso o Plano ficou prejudicado.

“Estamos buscando instrumentos para que ele seja autossustentável. Foi criado com tempo determinado e até agora não deu conta de sobreviver sozinho. Aconteceu problema de gestão mesmo”.

De acordo com chefe do Executivo, o MT Saúde estava gastando mais do que tinha em caixa e por conta disso chegou à situação a que chegou. “O MT Saúde tem R$ 9,5 milhões por mês e chegou a momentos de gastar R$ 15, R$ 16, R$ 17 milhões por mês. Como que se sustenta assim? Tem que ter furo mesmo. Temos que ter gestão. Se ele recolher R$ 9 milhões, ele tem que sobreviver com isso, não pode gastar mais”.

Dos R$ 9,5 milhões que o plano arrecada por mês, R$ 6 milhões são referentes a parte dos servidores que possuem o convênio de saúde e R$ 3,5 milhões seria um auxílio dado pelo Estado.

Os atendimentos chegaram a ser suspensos por um período por conta da falta de pagamento as unidades de saúde. O governador, entretanto, garante que o débito foi financiado e que os atendimentos foram normalizados. “Fizemos um ajuste. Este mês fechamos um acordo com todos os donos de hospitais, puxei para a minha mesa o problema e nós parcelamos e vamos zerar esta conta. Este mês zeramos, não vamos estar devendo para ninguém”.

Além disso, Silval garante que irá ressarcir os servidores, por conta deste tempo que ficaram sem atendimento. “Mandamos um projeto de lei para Assembleia Legislativa. Com ele sendo aprovado, daremos três opções de plano de saúde para o servidor. Aquilo que o governo do Estado vinha aportando para os servidores vamos colocar os recursos no salário dele. Se ele pagava R$ 70 no MT Saúde, ele vai escolher um plano de saúde e o governo vai aportar este dinheiro no salário dele e o MT Saúde vai fazer a gestão e o acompanhamento disso tudo”.

Por conta do caos que se instaurou no MT Saúde, o Legislativo criou uma CPI para investigar as situações administrativa, financeira, contábil e operacional.

Além disso, durante o julgamento das contas do Plano referente ao exercício de 2011 o conselheiro e corregedor-geral do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim, trouxe a público a possibilidades de o Plano ter deixado um rombo de R$ 21 milhões.

Ele adiou a apreciação das contas e sugeriu que fosse instaurada uma comissão de investigação para apurar as irregularidades. O conselheiro declarou em plenário que a averiguação pode levar a outros nomes. Ele acredita na participação de autoridades ligadas às secretarias de Administração e de Fazenda.

Com o intuito de trocar informações acerca do plano, o conselheiro recebeu em seu gabinete o relator da CPI do MT Saúde na Assembleia, deputado Emanuel Pinheiro (PR). Na ocasião, ficou combinado que os corregedores que atuam na Comissão também participarão da tomada de contas, como uma forma de acompanhar as investigações referentes a este suposto rombo.
 


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