Para Silval, quem fala em déficit está empregando a ‘apologia do mal‘

O governador Silval Barbosa (PMDB) tachou de “apologia do mal” os comentários sobre o déficit nas contas do Estado. Conforme o chefe do Executivo, estão potencializando alguns números negativamente de Mato Grosso.

As informações do governador foram dadas em uma entrevista à TV Record no início da tarde de hoje (17). Silval deu uma série de explicações sobre os ajustes na economia do Estado.

Silval atribuiu como um dos fatores à queda na arrecadação do Estado a estimativa feita no Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2012 sobre os repasses da Lei Kandir.

A estimativa era de o governo federal repassar aos menos R$ 226 milhões, conforme ocorreu em 2011, e este ano só alcançou R$ 176 milhões, explicou Silval, para justificar que nem sempre o previsto é arrecadado.

Enquanto, segundo o governador, para se fazer justiça com Mato Grosso, o Estado deveria receber até R$ 2 bilhões de commodities, já que 70% da produção é exportada e desonerada.

Conforme ele, o OGE para 2013 está cada vez mais próximo da realidade. As respostas do governador foram dadas ao presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso, Rui Prado, que em pergunta para o governador atestou existir um déficit no Estado e que as secretarias não estariam cumprindo com a demanda.

Para o próximo ano, explica Silval, com um orçamento mais enxuto, o secretário tem que ir cortando os gastos. “Faz um orçamento dentro da expectativa da receita e no início do ano o gestor começa a trabalhar com a estimativa, então, fizemos um orçamento mais ajustado e mais próximo da realidade”, afirmou Silval.

“Cortamos não só a carne, como o osso também”, sustentou o chefe do Executivo.

Ainda sobre o déficit o Estado e os comentários de que o governo do Estado pode atrasar os salários, o governador disse que se trata de pessoas que empregam “a apologia do mal”. Ele prometeu ainda esta semana quitar a última parcela do 13º salário de todos os servidores e até o dia 28 quitar o pagamento de dezembro. Silval não admite risco de atrasar salários.