Silval Barbosa presta contas da gestão com eleitor em entrevista na TV Record

Nesta segunda-feira (17), a TV Record Mato Grosso, Canal 10, abriu espaço ao governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB), para uma prestação de contas. Barbosa falou sobre diversos assuntos, Segurança, Saúde, Educação, Obras da Copa, Eleições 2014 e seu fututro político.

11h 09 – Primeira pergunta feita falou sobre o equilíbrio financeiro do Estado e os problemas enfrentados este ano. Silval explicou que a crise que atingiu a Europa, os Estados Unidos e a Ásia afetaram o Estado. Com as desonerações feitas pelo governo federal, em apenas 2 casos, R$ 170 milhões foram retirados do orçamento. Outro ponto é a obrigatoriedade do pagamento de precatórios, desde 2010. Em 2011, R$ 143 milhões foram tirados da receita líquida. Mudanças obrigaram ajustes no orçamento. (Colaborou Izabel Barrizon)

11h15 – Darius Carnavarros, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), perguntou sobre medidas adotadas e em planejamento para a redução da carga tributária em Mato Grosso. Em reposta, governador afirma que Mato Grosso tem a menor carga do Brasil, além de uma política agressiva de incentivos fiscais, por conta das dificuldades logísticas, como grande distância dos portos. Ele reconheceu que, em geral, carga tributária do Brasil é alta.

11h18 – Rui Prado, presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), perguntou sobre o déficit orçamentário enfrentado pelo Estado. Silval culpa problemas com a Lei Kandir, que tira de Mato Grosso cerca de R$ 2 bilhões, em exportações de commodities. Para reverter os problemas, explica o governador, os ajustes são feitos no momento da execução.

11h21 – Para este ano, o governador garante que um orçamento mais perto da realidade foi feito, e que os problemas enfrentados este ano não se repetirão. “Este ano estamos elaborando um orçamento bem mais próximo. Os ajustes no decorrer do ano serão pequenos”.

11h26 – Lúcio questionou o governador sobre problemas estruturais da Secretaria de Meio Ambiente (Sema/MT). Silval rebateu e negou que falte até combustível. Ele contou que a intenção é descentralizar o órgão, passando autonomia aos municípios e dando espaço às regionais. Prazo estipulado é de 6 meses.

11h30 – Governador é questionado sobre projeto que prevê transferência dos fundos para a conta única. Ele afirmou que verbas dos fundos serão fiscalizadas e que mudanças garantem a correta aplicação das verbas de acordo com sua destinação.

11h32 – Termina o primeiro bloco

11h38 – Segundo bloco começou com pergunta sobre a crise na saúde. Silval defendeu o trabalho das Organizações Sociais de Saúde (OSSs) e garantiu que houve avanços.

11h40 – Presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT), Elza Luiz de Queiróz, questionou sobre o projeto de lei de iniciativa popular com 26 mil assinaturas de pessoas que defendem o fim das OSSs. Barbosa garante que todos os procedimentos são acompanhados com rigidez e que isso já refletiu no aumento de 396 leitos em Mato Grosso.

11h44 – Silval garante que se o Sindimed provar com números que as OSSs não estão dando resultados poderá rever as contratações. “eles terão que me provar. Eu tenho números e vou pedir para minha assessoria agendar esta reunião”.

11h46 – Lúcio questiona se a resistência das entidades tem relação com o fato de terem sido implantadas pelo deputado federal Pedro Henry (PP). “Eles apenas seguem determinação do governo. Não inventei a roda, isso ocorre em todo o Brasil”, respondeu Silval.

11h48 – Atual titular da Secretaria de Saúde (SES/MT), Vander Fernandes é o assunto da pergunta. Lúcio perguntou sobre o afastamento do secretário, recomendada pelo Tribunal de Contas (TCE/MT). Em resposta, governador garantiu que já está analisando os números para definir as mudanças.

11h50 – Próximo a perguntar é o promotor de Justiça Alexandre de Matos Guedes. Tema é o atraso de repasses a municípios e consórcios municipais, enquanto as OSSs são pagas em dia, incluindo uma suplementação de R$ 7 milhões, ocorrida no mês passado.

11h51 – Silval negou a preferência e defendeu ajustes e cortes em repasses voluntários que, segundo ele, não possuem fonte de receita definida. Gastos considerados excessivos, por Guedes, como uma pesquisa de opinião e a reforma de prédios, serão auditados.

11h54 – Representante do Fórum Sindical, Gilmar Brunetto, pergunta sobre os problemas enfrentados por usuários do MT Saúde, que têm a mensalidade descontada dos salários, mas não encontram atendimento.

11h56 – Silval reconhece que a má gestão causou os problemas enfrentados pelos servidores atualmente. Com receita de R$ 9,5 milhões, plano chegou a gastar em um mês mais de R$ 18 mi, garante Silval. Dívidas serão pagas ainda este ano e um novo modelo deve ser definido. Proposta é a de oferecer 3 planos privados, com preços especiais e pagamento de subsídio.

12h – Termina o segundo bloco

12h15 – Internauta questiona sobre a demora para o pagamento de indenizações a proprietários de imóveis da avenida Miguel Sutil, que foram desapropriados para obras. Outro pergunta sobre a avenida Tenente Coronel Duarte e eventuais desapropriações.

12h20 – Silval classifica a denúncia de atraso nas indenizações como sérias e promete apurar. “Estamos pagando todas as indenizações de forma imediata. Recursos estão disponíveis para isso”. Sobre a segunda pergunta, disse que precisa entender melhor qual é o problema. “Obras trarão transtorno, mas também modernidade”.

12h30 – Governador fala sobre as críticas que recebeu ao escolher o VLT como transporte público para a Copa do Mundo 2014 em Cuiabá. Disse que fiscaliza todos os projetos e orçamentos. Sobre a pergunta do vice-presidente da Fiemt, José Alexandre Schutz,

12h37 - Vice-presidente da Fiemt, José Alexandre Schultz, perguntou sobre a implantação de hidrovias no governo Silval Barbosa. O governador disse que o Estado precisa resolver o problema de logística e que há projetos para a implantação de hidrovias no Estado, um exemplo é em Cáceres, mas um dos empecilhos são os recursos.

12h43 – Silval fala sobre a desintrusão da Terra Indígena Marãiwatsédé, em Alto Boa Vista, no nordeste do Estado. Disse que buscou soluções, que foi diversas vezes à Brasília, mas que nada foi feito para impedir a decisão. "Muita terra pra pouco índio".

12h48 - Termina o terceiro bloco

12h50 – Perguntado sobre segurança pública, Silval disse que no seu governo foram contratados mais de mil policiais militares, 395 escrivães e investigadores, quase 700 agentes prisionais e mais recentemente, 60 delegados. Disse que esse efetivo não é o ideal, e que até 2014, mais 2 mil serão contratados.

12h56 – Presidente do Sindicato dos Investigadores, Aníbal Marcondes, questionou sobre a quantidade do efetivo e salários.

12h58 – Presidente do Sindicato das Empresas de Turismo de Mato Grosso (Sindetur/MT), Oiran Gutierrez, perguntou sobre a expectativa para o turismo. Silval disse que o Estado é um dos poucos em que há os 3 pilares do ecossistema: Pantanal, Cerrado e Floresta. Disse que investimentos estão sendo feitos, citou pavimentação na BR-070 e Transpantaneira para melhorar o acesso. A região de Nobres também recebeu investimentos. Além disso, investimentos no aeroporto também foram citados.

13h10 – Silval fala sobre equipe de transição no governo para o próximo ano. “Às vezes é preciso mudar”. Ele, porém, não citou nomes, mas confirmou que o PSD, é um importante aliado.

13h14 – Silval disse que é prematuro falar em sucessão governamental, que ainda é cedo e que o foco é no momento atual. “Tenho que focar em projetos para a Copa, vou deixar para pensar em eleições, em março de 2014”.

13h16 – Silval agradeceu a entrevista e disse que sempre se coloca à disposição.