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Conselho reprova quase metade dos formandos de medicina


14-12-2012 18:30 - Clic Hoje

Um exame aplicado a alunos do último ano do curso de medicina no Estado de São Paulo reprovou 46% dos alunos, um índice preocupante que se mantém ao longo dos anos. A prova, que é aplicada pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina no Estado de São Paulo), não é obrigatória para que os alunos ganhem o diploma.

De acordo com o Cremesp, apenas 54% dos 418 alunos que fizeram o teste tiveram nota maior que 6, valor considerado de corte. No ano passado, o índice de aprovação foi de 57%, o melhor desde que a prova deixou o estágio experimental, em 2007.

O índice de aprovações tem se mantido baixo nos últimos anos: se forem levados em conta os exames aplicados entre 2005 e 2011, realizados por 3.135 candidatos ao todo, a reprovação chega a 58,4%, diz o conselho.

– Nos últimos cinco anos, a proporção de aprovação foi sempre menor que 60%, resultado que mantém uma tendência consistente e é considerado insatisfatório e preocupante pelo Cremesp.

O pior é que os alunos têm baixo desempenho em disciplinas consideradas básicas, como saúde pública (49,0% de acertos), obstetrícia (54,1%), clínica médica (56,5%) e pediatria (59,3%). Apenas em bioética o índice de acertos foi maior do que 70%, chegando a 78%.

O teste, aplicado em outubro deste ano, foi realizado por 25 dos 30 cursos de medicina do Estado – duas das escolas ainda não tem classes se formando e alunos de três faculdades Centro Universitário Barão de Mauá, de Ribeirão Preto, Ufscar (Universidade Federal de São Carlos) e FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) não tiveram qualquer representante.

Esses 418 estudantes representam apenas 16% dos estudantes que cursam o sexto ano de medicina em São Paulo, mas, segundo o Cremesp, a amostra é “significativa”.

O conselho defende que o exame seja obrigatório para quem se forma em medicina, assim como acontece com a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), obrigatória para formandos em direito.

Em nota, o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Junior, diz que o órgão está “convencido de que uma medida excepcional precisa ser tomada, em respeito à população que confia a saúde e a vida aos médicos”. 


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