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Clipping

Esgoto prejudica comércio e desenvolve larvas


14-12-2012 15:37 - Diário de Cuiabá

Uma “piscina” de água verde com um metro de largura, quando não chove. E mau cheiro constante. Esta grande poça fica em frente a sete estabelecimentos na avenida Couto Magalhães, paralela à avenida Beira Rio, no bairro Grande Terceiro. E está lá há quatro meses, impedindo a inauguração de comércios e dando prejuízo de até 60% a outras lojas. Em uma vistoria feita pela coordenação da dengue, constatou-se que a água está contaminada com larvas do mosquito transmissor da doença.

“Hoje não está fedendo tanto porque choveu. E a gente prefere que chova e a poça fique maior do que menor com um cheiro horrível. Pra você ver o nível da situação”, disse André Augusto Rondon, 42 anos, que com seu sócio, Sérgio Luis Borges, 39, tenta abrir um comércio de lanches há meses, mas não tem como finalizar a calçada por conta da água acumulada.

Os dois comerciantes já entraram em contato com a prefeitura, que mandou uma equipe técnica da Secretaria Municipal de Infraestrutura. No entanto, estes disseram que o problema em questão é de responsabilidade da CAB Ambiental. Os técnicos desentupiram os bueiros, a água, porém, permanece.

De contato com a CAB, a equipe técnica da empresa foi ao local, contudo, o problema não foi resolvido. “Um fica jogando o fardo para o outro e ninguém resolve nada. E como fica a questão do nosso comércio? E os outros que estão tendo prejuízo?”, afirmou Borges.

Para complicar a situação, a coordenação da dengue, quando foi ao local fazer vistoria e analisar a água da “piscina” de forte coloração verde e cheia de lodo, constatou-se que larvas do mosquito Aedes Aegypti, transmissor do vírus da dengue, cresciam no local. “Eu tenho crianças morando aqui na frente. Além de terem que suportar o mau cheiro, correm o risco de ficar doentes também. A situação é grave”, desabafou Rondon.

O proprietário da loja de tintas em frente à poça, Ivanildo de Souza, de 42 anos, afirmou que perdeu 60% de seus clientes, pois, devido a coloração escura da água, não dá pra saber se há buracos ou não. “Os clientes preferem não entrar, a maioria das minhas vendas agora são feitas por telefones. Essa poça está me dando um prejuízo financeiro muito grande. Sem contar a qualidade do ambiente que também fica horrível”.

De acordo com a assessoria da Secretaria Municipal de Infraestrutura, o caso é de responsabilidade da CAB.

A CAB Ambiental, através de nota, afirmou que, por se tratar de um terreno instável, é necessário contratar uma empresa especializada para que o serviço seja feito. O documento também informou que a CAB está finalizando a contratação dos serviços necessários. (SM)  


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