Secretário nega que há greve
O secretário municipal de Educação e de Governo de Várzea Grande, Eder Moraes, rebateu a informação de que o município enfrenta uma greve de médicos que persiste por mais de 150 dias, anunciou mutirão de cirurgias para acabar com o sofrimento de pacientes que aguardam o procedimento pelos corredores do pronto-socorro municipal, a aquisição de medicamentos e a regularização da merenda escolar, além de reafirmar o recuo em antecipar o fim do ano letivo nas creches no próximo dia 30 deste mês.
Ao anunciar um programa de ajuste fiscal, Eder Moraes reforçou que a administração municipal irá manter o ano letivo nas unidades de ensinos infantil e fundamental até o próximo dia 21 de dezembro próximo, além de fazer um dimensionamento do que é necessário para garantir a merenda escolar aos alunos.
Na cidade, creches e Centros Municipais de Educação Infantil enfrentam a falta de leite, carne e até pão, conforme denúncia feita anteontem por dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep). Já o Ministério Público Estadual (MPE) ingressou com uma ação civil pública contra a Prefeitura de Várzea Grande para garantir a continuidade do ano letivo da educação infantil. “Estamos criando o SOS Serviços Gerais para a realização de pequenos reparos nas unidades”, destacou Moraes.
Na área da saúde, Eder Moraes e Maninho de Barros, prefeito que assumiu o cargo no fim de outubro passado, reconheceram que a situação na segunda maior unidade de urgência e emergência de Mato Grosso é um caos. “O corredor do pronto-socorro é um verdadeiro campo de concentração”, disse Barros, comentando que esteve no hospital e ouviu gritos de pacientes pedindo socorro.
Barros garantiu que deu inicio a mutirão de cirurgias para acabar com a fila de 75 pacientes que aguardam pelo procedimento. “Na segunda-feira, no mais tardar na terça, não existirá paciente esperando por cirurgias no pronto-socorro. A exceção são as operações que precisarão ser encaminhadas para o Hospital Metropolitano”, afirmou.
O prefeito e o secretário de Educação destacaram ainda outras ações nas áreas de segurança pública, social e de infraestrutura. Ao repetir por pelo três vezes que não fala do passado, Barros afirmou que o funcionamento das unidades de saúde é normal. “Não há greve (de médicos)”, afiançou.
Assessoria jurídica do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT), Cristina Vargas Reis, informou que a greve da categoria em reivindicação as melhorias das condições de trabalho teve início no último dia 6 de junho deste ano e, que até então, não havia nenhuma perspectiva de encerramento do movimento.
