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Hemocentro: Doadores comemoram seu dia salvando vidas


27-11-2012 11:04 - Ascom SISMA-MT (JS)

Doar sangue é um ato de amor, com este pensamento o casal Valdir Silva e Raffaela Santos compareceram hoje (26) nas dependências do MT Hemocentro para doação de sangue. Um compromisso que o casal mantêm mensalmente, ele há 10 anos e ela a pouco mais de 03 anos.
A iniciativa do autônomo e da estudante de se tornarem doadores sangue nasceu da necessidade de um amigo que se acidentou e precisou de transfusão. Assim como o casal, o chefe de cozinha Heraclides Marcos doa sangue voluntaria e regularmente sangue na unidade situada na Rua 13 de Junho, em Cuiabá/MT. “Minha primeira doação, a mais ou menos 8 anos atrás foi para ajudar um familiar enfermo, e desde então não parei mais”, garante o chefe.
Assim como Valdir, Raffaela e Heraclides, muitos outros doadores voluntários comparecem ao Hemocentro para garantir a coleta de sangue, porém a falta de insumos tem preocupado e não permite que o Dia Nacional da Doação de Sangue, 25 de novembro, seja comemorado de forma plena. A data que tem por objetivo estimular a participação de mais voluntários no processo de doação, na Capital Matogrossense está sendo precarizada pela falta de material, pela desmobilização e acima de tudo pelo sucateamento da unidade.
Em 2012, mesmo com muitas denuncias feitas pelo Sindicato dos Servidores da Saúde e do Meio Ambiente (SISMA-MT) da falta de condições de trabalho, seja pela falta de insumos e seja por problemas estruturais no Hemocentro, mas nada foi feito para melhorar a situação. Para os doadores mesmo sem estrutura o Hemocentro garante um atendimento humanizado e de qualidade, o que faz com que eles se sintam motivados a continuar doando. “O atendimento do Hemocentro é dez, sensacional”, afirma o chefe de cozinha Heraclides.
O diretor de Imprensa e Comunicação do SISMA-MT, Jaime Carvalho Jr participou na manhã de hoje da mobilização do Dia do Doador e frisou que o ato de doar é algo divino e uma prova de grande solidariedade da população. “Todos os doadores que vem até aqui, chegam imbuídos de grande sentimento solidário e tão pouco buscam reconhecimento pelo ato, doam para salvar vidas e isso é muito bonito”, analisa Jaime.
Servidor do SUS em MT, lotado no SAMU, Jaime sabe que as bolsas são vitais e por isso parabeniza os doadores voluntários por seu dia e lembra que o SISMA-MT está na luta pela não privatização da unidade.

HISTÓRICO: A presidente do SISMA-MT, Alzita Ormond salienta que as denuncias contra a falta de condições de trabalho no MT Hemocentro extrapolaram o campo político e social para se tornar “caso de polícia”, visto que em setembro deste ano o governo decidiu unilateralmente pela privatização das unidades do Hemocentro e deu inicio a precarização do trabalho dos servidores deixando de encaminhar os reagentes para a manipulação hemoterápica. “Os servidores e doadores registraram boletins de ocorrência denunciando a falta de condições para o atendimento”, frisa Ormond.

Alzita relata ainda que por meio da resolução nº 31 de 2012, o Conselho Estadual de Saúde (CES-MT) revogou a resolução nº 007 de 2011 que aprovava a implantação do novo modelo de Gestão através das Organizações Sociais de Saúde – OSS no Estado. A resolução que revoga a instituição do novo modelo de gestão, ainda não foi homologada. A presidente do SISMA que também é conselheira estadual de saúde afirma que a partir do momento em que a Resolução 31/2012 for homologada pelo Governo do Estado, toda contratação de OSS terá que ser aprovada pelo Conselho. “Pela nossa posição, que é de não permitir nenhuma terceirização ou coisa do tipo, fica evidente que não aprovaremos. Nós somos contra a privatização do SUS, seja lá o nome que se dê, Organização Social (OS), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), Parceria Público Privada (PPP)”, pondera a presidente do Sindicato. 

POSICIONAMENTO: Os doadores entrevistados se posicionaram contrários a mudança na gestão do Hemocentro. A unidade que já foi modelo de eficiência em âmbito Nacional, atualmente sofre, mas mesmo assim os entrevistados qualificam como excelente o atendimento, graças ao bom atendimento dos servidores da instituição que não medem esforços para bem atender aos usuários do SUS.
“Acho errado a privatização. Logo estarão vendendo o sangue doado gratuitamente e forma solidária pela população. Isso é errado.”, afirma Valdir Silva. Para a estudante Raffaela Santos as doações são feitas de coração, numa iniciativa de ajuda o próximo e com a privatização quem garante que isso continuará a ocorrer?
Já o chefe de cozinha Heraclides Marcos é contrário a privatização, pois “ o trabalho no Hemocentro é 10, sensacional, sem estrutura, com uma estrutura melhor eles vão ser imbatíveis”. (JS)

 

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