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Risco de epidemia de febre amarela gera alerta


09-11-2012 13:03 - Clic Hoje

A possibilidade de uma epidemia de febre amarela em Cuiabá desencadeou uma série de medidas por parte da Prefeitura Municipal e do Governo do Estado, no sentido de evitar que a doença se alastre pela cidade.
A morte de onze macacos foi registrada no bairro Aquarius, na região Sul de Cuiabá, e equipes da prefeitura foram levadas ao local, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. O caso já é conhecido nacionalmente.

Segundo a Vigilância em Saúde do Estado, a morte de primatas não humanos pode estar relacionada à possível ocorrência de febre amarela silvestre.
Equipes formadas por 40 profissionais das áreas de vigilância e assistência à saúde de Cuiabá estão atuando no Jardim Aquarius, desde a primeira notificação de mortandade de macacos na região.
Onze grupos, cada um com três componentes, estão percorrendo o bairro, levantando informações e orientando os moradores. Até a tarde de tera-feira (8), foram visitados 162 imóveis, 650 pessoas entrevistadas e 129 foram vacinadas.
Pessoas em estado febril estão sendo encaminhadas para avaliação médica e exames. Os agentes vistoriam também os terrenos baldios e áreas de matas adjacentes para identificação de macacos doentes ou mortos.

As equipes, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, procuram também por focos de mosquitos responsáveis pela proliferação da doença, como o aedes aegypti (o mesmo da dengue).
Os moradores do bairro estão sendo orientados a auxiliar e reforçar o combate aos focos de mosquitos. Também foi emitido um alerta para a rede de assistência de atendimento a eventuais casos em humanos.
O material coletado dos macacos mortos foi encaminhado para análise no Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará, laboratório de referência para o diagnóstico da doença. Os resultados devem sair entre 20 e 30 dias.

Prevenção

Ainda não há confirmação de que os macacos tenham morrido devido à febre amarela silvestre, ou que a doença venha a acometer seres humanos.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, é preventiva e obedece a protocolo previsto pelo Ministério da Saúde. “Importante é que as pessoas que não se vacinaram ou estão com suas vacinas vencidas procurem a rede municipal para regularizar sua situação vacinal”, diz trecho da nota da assessoria.

Mato Grosso

De 1992 a 2006, o Estado de Mato Grosso apresentou 22 casos de febre amarela, sendo que 13 destes casos evoluíram para óbito e 9 obtiveram a cura. Em 2007, o Estado apresentou um caso da doença no município de Juara.

Em 2008, dois casos, um no município de Novo São Joaquim e um em Guarantã do Norte. Em 2009, dois casos em Feliz Natal. No ano de 2010, não houve registro, e 2011 até esta data também não há registro.

“Esses dados dizem respeito à febre amarela em sua forma silvestre. Mato Grosso, assim como todo o Brasil, não apresenta um caso febre amarela, na sua forma urbana, desde 1942”, explicou Oberdan Lira.

A doença

A febre amarela é uma doença viral, infecciosa, febril e aguda, de curta duração (no máximo de 12 dias) e gravidade variável. Pode se apresentar desde uma infecção leve até formas graves e fatais, com um período de incubação que varia de três a seis dias.

Sintomas

Os sinais e sintomas mais comuns são caracterizados por manifestações de insuficiência de fígado e rins, com quadro febril agudo (até sete dias), acompanhado de icterícia (cor amarelada da pele) e/ou manifestações hemorrágicas, podendo evoluir para óbito em aproximadamente uma semana.

Todos os profissionais e estabelecimentos de saúde são obrigados a notificar imediatamente os casos suspeitos à autoridade sanitária local, por se tratar de doença grave, cujas medidas de controle são urgentes. A melhor forma de prevenir à doença é a vacinação das pessoas sem comprovação vacinal nos últimos dez anos. 


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