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Redução de atendimento nos postos de saúde de MT revolta população


03-11-2012 11:30 - Olhar Direto

Uma medida adotada pela Prefeitura de Rondonópolis está causando revolta na população que utiliza os serviços de saúde pública. Usuários denunciaram à reportagem do Olhar Direto que postos de saúde estão com atendimentos intercalados, ou seja, dia sim outro não e isso sem que a população fosse comunicada.

É o caso do PSF da região conhecida como Bom Pastor, segundo a moradora da localidade, a aposentada Rita da Silva Ferreira, que diz ter sido ‘pega de surpresa’ quando chegou para agendar o atendimento. “Estava tudo fechado e sem nenhuma informação do lado de fora. No outro dia fui com minha filha de novo e lá falaram que agora é assim, dia sim dia não que estão atendendo. O pior de tudo é a fila que fica, o tumulto e a gente não pode ir para outro posto porque mora ali no bairro e tem que ser atendido lá”, afirmou a aposentada de 73 anos, que retornava para entrega de exames.

Ainda segundo outros usuários, o argumento dos servidores foi de que o prefeito Ananias Filho (PR) teria tomado a decisão para conter os gastos, já que encerra o mandato este ano e precisa concluir o fechamento de contas.
De acordo com um dos usuários que não quis se identificar, a justificação foi confirmada por um servidor que teria dito ainda que foi combinado um “rodízio de atendimento”.

“Para cobrar imposto eles não revezam nada, se a gente atrasa um dia já viu NÉ? Mas o postinho ficar fechado e a gente padecendo eles podem fazer”, disse o senhor indignado.

Procuradora pela reportagem, a secretária municipal de Saúde, Mariuza Valentin Chaves, ironizou e tentou minimizar as reclamações da população. Segundo ela, a denúncia não passa de “rumores para negativar o fim do mandato do prefeito”. O que estaria ocorrendo segundo ela, é que justamente por conta do fechamento de contas, a Prefeitura está dando folga para servidores que está com o banco de horas alto.

“Temos muitos servidores que estão com o banco de horas excedidos por conta de campanhas de saúde e vezes que tiveram que ultrapassar horários. Fizemos um levantamento e estamos dando em folga para regularizar a situação. Acontece que quando damos folga para um, demos para todos os outros da unidade porque médico não trabalha sem enfermeira que não trabalha sem auxiliar...”, argumentou Mariúza, confirmado assim a alternância.

Sem remédios

Outro problema apontado pelos usuários dos PSFs é a falta de medicamentos na farmácia municipal, para onde os médicos encaminham os pacientes para adquirir, gratuitamente, a medicação. Segundo informações colhidas no local, um pregão que havia sido anunciado, para aquisição de medicamentos, foi suspenso. Questionada pelo OD, a secretária afirmou desconhecer que isso estaria ocorrendo e disse que iria averiguar a situação.
 


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