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SAMU: 30 ambulâncias estão paradas há 1 ano


31-10-2012 12:20 - Circuito MT

Apesar das dificuldades enfrentadas no setor da saúde em Mato Grosso, 31 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão paradas nas prefeituras de 15 municípios há um ano.

As unidades foram entregues pelo Ministério da Saúde em agosto do ano passado. Desde então, estão inutilizadas porque o governo do Estado ainda não implantou uma central de atendimentos para o serviço.

Segundo o diretor do Samu no Estado, Daúde Abdala, o problema foi causado pelo próprio governo Federal, que entregou os veículos, mas não liberou o recurso necessário à construção da central. “O dinheiro só chegou mês passado. Estamos licitando a compra dos equipamentos”, explica.

A expectativa é que o sistema demore pelo menos mais cinco meses para começar a operar. “Isso se o processo licitatório não for impugnado por nenhuma das empresas que participar”, pondera o diretor.

Por meio da assessoria, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirmou que a entrega das ambulâncias faz parte do plano de reestruturação da rede de urgência e emergência elaborado pela União. Planejamento que ainda depende da construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em cidades-pólo para que as ambulâncias possam ser utilizadas.

Em Sorriso, a UPA funciona desde abril. Mesmo assim, o prefeito Chicão Bedin (PMDB) afirma não ter autorização para usar as duas ambulâncias que o município recebeu. “Já temos até o credenciamento dos leitos dessa unidade. Podemos começar a receber recursos federais para mantê-las, mas não usar os veículos”, conta.

Segundo ele, a resposta que o governo dá aos municípios é que a implantação da central do Samu é um trabalho complexo. “Infelizmente o Estado não tem feito nem o básico pela saúde. Nós temos cinco meses de repasses atrasados para receber. São R$ 830 mil”, diz.

Já o prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz (PPS), afirma que, mesmo sem permissão, tem dado autorização para que os médicos do município usem a ambulância quando necessário. “Eu não vou deixar uma pessoa morrer tendo uma ambulância parada na prefeitura. Na vida tudo tem que ter bom senso”, afirma.

Franz explica que a cidade ainda não recebeu recurso para construção de uma UPA, mas possui uma unidade de pronto-atendimento que vem realizando o trabalho e poderia atender o sistema do Samu.

Parte das ambulâncias entregues pelo ministério é equipada como Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Os servidores que atuam no Samu vêm enfrentando uma série de dificuldades, principalmente com relação à falta de estrutura. Em Cuiabá, por exemplo, a unidade atende toda Baixada Cuiabana e conforme uma carta aberta, elaborada pelos trabalhadores, tem no pátio veículos com defeitos causados pela ausência de manutenção. A frota também é considerada velha e precisa ser trocada.

Em Rondonópolis, os médicos do Samu pediram demissão em massa. Um dos motivos é o não pagamento dos salários e a precariedade da central de atendimento. A situação prejudica a assistência de urgência e emergência na região sul de Mato Grosso.

 


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