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Hospital Central de Cuiabá


30-10-2012 11:46 - Hiper Notícias

O à época, governador Júlio Campos idealizou em 1985 a construção do famoso elefante branco nomenclaturado Hospital Central de Cuiabá, um exemplo de má gestão e desperdício de dinheiro público citado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) entre os 31 elefantões encravados em terras brasileiras. O que seria alívio imediato à população passou a uma patologia política crônica. O equipamento público de atenção à saúde serviu para diversas divulgações negativas de nosso estado, sendo utilizado também como fonte de inspiração para diversos discursos virtuais, tanto da direita como de esquerda.

Pergunto: quais as últimas informações que se tem sobre a conclusão do elefantão? De que eu me lembre foi agora durante o pleito eleitoral. Sacou brother e girl?

Primo, só para lembrar, aquela casa de morcegos está embargada há cerca de 30 anos e nem a luta do recente Movimento Saúde e Democracia (MSD), de lideranças políticas, da opinião pública conseguem fazer o bicho andar.

E assim dizia Silval em setembro do ano 2011: "Eu não vou me acomodar. Vamos dar prioridade para resolver o problema daquele elefante branco”. Acontece que, em seguida, ele mesmo desacreditou o anunciado alegando a velhice da estrutura como impossibilidade.

E aí governador Silval Barbosa, atual herdeiro do esqueleto, vai sair sem cumprir a conclusão? Não quero acreditar e não pense em alegar obras da copa, porque se a economia cresce fica difícil uma desculpa.

Outro detalhe: quanto à existência de pendências judiciais junto ao TCU podia chamar o senador Pedro Taques para mexer os pauzinhos, já que foi ele quem iniciou a sessão de embargo, pois, de quebra, estaria fazendo algo pelo povo.

O que me faz abrir esse reclame são as constantes e infindáveis angústias de centenas de pagadores de impostos que agonizam em filas e pisos sujos das unidades de saúde de Capital, de crianças e idosos indefesos sem governo representativo, de altos valores de custo para procedimentos em unidades privadas, do baixo poder aquisitivo da sociedade maior oriunda de classes C, D, da insensibilidade gestora quanto a repasses constitucionais à área sem justificar o ato...enquanto a demanda por falta de leitos cresce como grama e as condições de saúde se comprometem por conta de desatenções em áreas imprescindíveis.

Quero acreditar na sensibilidade barbosiana, assim como na solidariedade de empresários bem intencionados incluindo a empresa QG – Engenharia e Planejamento Ltda., com sede em MG, SP, RJ, escolhida na PPP (Parceria Publico Privada) em janeiro de 2012 para tocar o trombão. Mas quando, governador?

(*) UBIRATAN BRAGA é jornalista, radialista e publicitário em Cuiabá 


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