Sem confirmar crise no serviço, mais 7 profissionais são convocados para Samu

Em decorrência da insuficiência no quadro de pessoal do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) convocou mais sete servidores públicos que operam em outras unidades de saúde para atuação imediata naa unidade.

A Portaria nº 172/2012/GBSES que circula no Diário Oficial desta segunda-feira (29) prevê que os servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS/Cuiabá) se apresentem na sede do Samu até o dia 31 de outubro para passarem a atuar no serviço de urgência.

A publicação ressalta, ainda, que “o não comparecimento do servidor nas datas especificadas nesta Portaria, implicará na suspensão imediata da sua remuneração mensal”, assegura.

Atualmente, em Cuiabá e Várzea Grande, existem nove ambulâncias do Serviço de Atendimento, sendo sete voltadas para atendimento básico e duas com atendimento avançado com técnicos de enfermagem e médicos.

Mesmo sem confirmar crise no Samu, a SES já convocou 16 profissionais da Saúde para atendimento no serviço de emergência, dos quais, incluem-se os nove servidores que estavam cedidos para o Hospital Universitário Julio Müller, Secretaria Municipal de Várzea Grande (SMS/VG) e Secretaria Municipal de Cuiabá (SMS/Cbá). A convocação ocorreu no último dia 9.

Vale ressaltar que no início do mês, os trabalhadores do Samu denunciaram por meio de uma carta-aberta à falta de médicos e ambulâncias nos atendimentos prestados.

O documento enviado ao Conselho Estadual de Saúde de Mato Grosso (CES/MT) apontava 32 problemas e irregularidades como desabastecimento de medicamentos e materiais, e o comprometimento da central de esterilização e desinfecção pela quebra dos equipamentos, além da ausência de material para realizar o trabalho.

Além disso, os funcionários expõem a precariedade de equipamentos, falta de médicos, remédios e até ambulâncias. Na época, oito profissionais do serviço de urgência pediram demissão.

OUTRO LADO

De acordo com diretor geral do SAMU, Daud Mohd Khamis Jaber Abdallah, essas convocações são normais, ocorrem em várias unidades de saúde e não somente no Samu, sendo realizadas para “ampliar o serviço”.

Ele assegura que os servidores cedidos e lotados nas demais unidades de saúde estão apenas retornando as suas unidades de origem, processo considerado normal.

“Dizem que estamos em crise, mas não estamos. O Samu não parou um dia e atendeu todos os pacientes. Reitero que não é crise, são convocações normais”, aponta.

Sobre as demissões e irregularidades apontadas no início do mês, ele afirmou que “dificuldades ocorrem, mas nada que prejudique a prestação do serviço de emergência”, garante, assegurando “que tudo que falta é reposto e o Samu atende a todos e agora ampliará o serviço da melhor maneira possível”, finaliza.