Repasses da União a Cuiabá aumentou nos últimos anos

Apesar dos problemas enfrentados, o ex-secretário de Saúde da Capital, Lamartine Godoy, comemora o que classifica como o principal avanço de sua gestão: o aumento do repasse do governo Federal ao município. Desde maio, a Cuiabá recebe R$ 5 milhões a mais por mês. 

“Passamos de R$ 10 milhões para R$ 15 milhões mensais. Dinheiro novo, que não estava previsto. O novo prefeito terá R$ 240 milhões a mais nos próximos quatro anos, logo tem a obrigação de fazer melhor do que nós fizemos”, cobra o atual secretário de Governo. 

Além disso, o próximo gestor da pasta terá um déficit bem menor do que o encontrado por Lamartine em setembro de 2011, quando ele assumiu a secretaria. Eram R$ 41 milhões em dívidas com fornecedores e prestadores de serviço. Desse total, R$ 33 milhões foram quitados. 

O resultado, conforme o secretário, foi a recuperação da credibilidade da pasta. “Alguns fornecedores já não nos atendiam. Hoje isto mudou, não falta mais material nas unidades. Ainda temos alguns problemas, mas são casos pontuais, que são rapidamente resolvidos”, diz. 

Outro relacionamento que passou por turbulência, mas foi resolvido, segundo Lamartine, é o com os hospitais conveniados ao Sistema Único de saúde (SUS). O secretário afirma que todos os contratos foram revistos, porque as unidades acabavam atendendo mais pacientes do que o esperado. 

Pelo menos cinco hospitais particulares dão suporte à secretaria de Saúde da Capital: Santa Helena, Julio Muller (mantido pela Universidade Federal de Mato Grosso), Santa Casa, Hospital Geral Universitário (HGU) e Hospital do Câncer. 

Nem mesmo o atraso nos repasses do governo do Estado ao município abalou a relação. As unidades chegaram a ameaçar fechar as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no final de setembro. A prefeitura acabou intervindo, pagando parte da dívida com o acréscimo no repasse vindo da União. (LN)