Repasses para a Saúde - Prazo para manifestação do Sindimed acaba hoje

 Termina hoje o prazo para o que Sindicato dos Médicos do Estado (Sindimed) se manifeste sobre o recurso da Procuradoria Geral do Estado (PGE) acerca do bloqueio de R$ 12,3 milhões da conta única para garantir os repasses à saúde de Cuiabá e Várzea Grande. 

A presidente do sindicato, Elza Queiroz, afirma, no entanto, que até agora não foi intimada pela Justiça. O Sindimed é apontado com um dos requerentes da ação civil pública que pediu o congelamento do valor. 

Enquanto isso, o Estado repassou ontem à prefeitura da Capital R$ 5,4 milhões. Conforme o secretário de Governo, ex-gestor da pasta de Saúde, Lamartine Godoy, o dinheiro atende os programas de saúde bucal (R$ 5,6 mil); de diabetes (R$ 137 mil); a farmácia básica (R$ 512 mil); e o Programa de Saúde da Família (R$ 1,2 milhão). 

“Além disso, eles pagaram a competência de agosto dos atendimentos de urgência e emergência. Só que no lugar de passar o dinheiro à prefeitura, depositaram diretamente aos hospitais, passando por cima da gestão plena que Cuiabá detém”, explica o secretário. 

Lamartine afirma ainda que dos R$ 3,6 milhões mensais, o Estado pagou apenas R$ 2,2 milhões às cinco unidades de saúde credenciadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Já o R$ 1,4 milhão que atenderia o pronto-socorro não foi depositado. “Desse total repassaram apenas R$ 200 mil”, diz. 

Por meio da assessoria, o secretário estadual de Saúde, Vander Fernandes, justificou a iniciativa alegando que o secretário da Capital tem recebido o dinheiro do Estado, mas não tem repassado aos hospitais. Conforme Fernandes, os recursos estariam sendo usados para custear recursos humanos, quando são destinados ao pagamento de serviços contratados. 

“Não vou perder tempo com esta discussão. Quem está alegando isso que prove. Eu não tenho nenhuma ação do Ministério Público ou reclamação dos diretores dos hospitais contra mim, ao contrário da secretaria estadual”, respondeu Lamartine. (LN)