Conselho de Saúde manda liberar acesso a sites

 O CES-MT (Conselho Estadual de Saúde de Mato Grosso) aprovou, em reunião ordinária realizada na última quarta-feira (3), uma Resolução Recomendatória para que o secretário estadual de Saúde, Vander Fernandes, libere imediatamente o acesso aos sites de notícias em todas as unidades da pasta.

Apesar de ser presidente do CES-MT, Fernandes não estava presente no momento da reunião, que foi comandada pelo vice-presidente do CES, João Dourado.

A polêmica decisão do secretário foi oficializada em 17 de setembro, quando a coordenação de TI (Tecnologia de Informação) da SES informou a realização do bloqueio dos sites, em todos os setores.

Desde então, os servidores da Saúde estão sem acesso a sites de entretenimento e de notícias em computadores instalados nas dependências da pasta, no CPA (Centro Político Administrativo).

Apenas o setor de Comunicação Social continua com acesso liberado a todos os portais.

Alguns servidores acreditam que a atitude do secretário se trata de uma tentativa de evitar a propagação de notícias negativas à imagem da pasta, como o caos na saúde pública estadual e os escândalos envolvendo a contratação de OSS (Organizações Sociais de Saúde) para administrar as unidades de saúde.

Até mesmo o julgamento do ex-secretário da pasta, o deputado federal Pedro Henry (PP), condenado pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento no Escândalo do Mensalão, foi apontado, pelos funcionários, como motivação para o bloqueio.

Outro lado

A assessoria de imprensa da SES afirmou que a pasta e o secretário Vander Fernandes não irão se pronunciar sobre esse assunto, e que se trata de um ato administrativo, por isso interno, não cabendo ao Conselho de Saúde deliberar sobre o assunto.

De acordo com a assessoria, o bloqueio de sites de entretenimento, notícias e redes sociais foi necessário para agilizar o trabalho dos servidores de cada departamento, deixando cada setor com acesso restrito ao que é pertinente ao serviço realizado.

Segundo a assessoria, a situação atual deverá ser mantida e as críticas aos atos administrativos do secretário são resultado de “politicagem”.