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Grevistas alegam que faltam papel higiênico nas unidades de saúde


23-10-2012 18:15 - Folha do Estado

 Cerca de 750 médicos que atendem as redes públicas da capital entraram em greve nesta segunda-feira (22) por tempo indeterminado. A categoria reivindica por cumprimento de acordos judiciais firmados desde 2009 por parte da Secretaria de Saúde do município.

Na tarde desta terça-feira (23), às 17h, a categoria se reúne novamente com o secretário Huark Douglas Correia, para ter uma nova rodada de negociação, com esperança de que o parlamentar tenha propostas mais concretas para atender os acordos firmados com o efetivo, que está 70% paralisado.

A categoria, que esteve em greve há dois meses, voltou as atividades com a promessa de que os órgãos públicos acatariam os problemas reivindicados, através de um acordo judicial no Tribunal de Justiça. “O prefeito não cumpriu nenhum destes acordos e a situação das condições de trabalho estão cada dia piores”, conta a presidente do Sindicato dos Médicos de MT (Sindimed/MT), Elza Luiz Queiroz.

Falta de estrutura

Os médicos reclamam da falta de estrutura dos hospitais e postos de saúde da capital. Elza Luiz revelou que as unidades estão carentes itens básicos, como papel higiênico, copos descartáveis, além de medicamentos e equipamentos específicos para tratamento.

Além disso, há exigências de mais segurança nas unidades de saúde. “Precisa-se de mais policiamento nas unidades, pois os médicos estão sofrendo agressões em alguns casos”, contou Queiroz. Os servidores fizeram um B.O. (boletim de ocorrência) e vão permanecer em greve até que estes problemas, exigidos judicialmente, sejam resolvidos.

Os grevistas ainda alegam que estão há dois meses sem receber o complemento salarial, que corresponde a R$1.700, com 24 horas de serviços semanais.

A categoria se reuniu com o secretário no primeiro dia de greve (na segunda-feira, 22), para uma possível negociação. O parlamentar se comprometeu em atender os itens básicos em uma semana. Quanto ao salário, policiamento, entre outras exigências que requer mais por parte do orçamento, ele alegou que isto depende também do Governo do Estado, para que seja efetuado o repasse da verba e, assim, ajudar o município a arcar com os custos necessários para o atendimento da categoria.

“Há muito descaso por parte do governo. Um projeto de mutirão para acabar com as filas nas unidades de saúde foi feito, porém o governo não deu nenhum tipo de encaminhamento, ou seja, nada está sendo organizado. Por isso, aguardamos em greve para que tudo se resolva”, pontuou.

Novo ato

Um novo ato de protesto esta marcado para a manhã desta quarta-feira (24), na Assembleia Legislativa. Os grevistas apresentarão um documento com 22 mil assinaturas para a revogação da lei estadual que permite a terceirização das unidades de saúde do Estado. “Iremos entregar as assinaturas com a 1ª lei de iniciativa popular em Mato Grosso contra a privatização da saúde, para que este processo pare de acontecer”, acrescenta Elza.


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