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Diante de crise, servidores da Saúde paralisam atividades em todo o Estado


19-10-2012 19:10 - Hiper Notícias

 Os servidores da Saúde Pública do Estado paralisarão as atividades na próxima quarta-feira (24) como forma de protestar contra o que chamam de “fundo de poço” do setor em Mato Grosso. Em assembleia realizada nesta quinta-feira (18), servidores de diversas cidades de Mato Grosso revelaram uma situação caótica: falta água potável, papel higiênico e insumos. Eles ainda decidiram realizar um ato público nas ruas da capital no dia 31 deste mês.

Outra deliberação foi acerca do projeto de iniciativa popular que pede a anulação da lei que autoriza o governo a contratar Organizações Sociais (OS) para gerir segmentos dos órgãos públicos. Uma comissão deverá entregar o projeto com 22 mil assinaturas de pessoas de diversos segmentos da sociedade na Assembleia Legislativa. Até o momento, em menos de um mês de coleta, 17 mil assinaturas já foram conseguidas.

Condutor das ambulâncias do SAMU, Jaime Carvalho Junior, revelou durante a assembleia geral desta quarta-feira que não há médicos suficientes para suprir a necessidade de Cuiabá e Várzea Grande. “Vamos rezar para que ninguém sofra acidentes, é só o que nos resta. Hoje, são apenas 13 médicos para cobrir as duas cidades e há procedimentos que somente um médico pode fazer, como o entubamento de acidentados, por exemplo”, disse.

Diretores regionais do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente de Mato Grosso (SISMA-MT) em Juína, Tangará da Serra, Colíder, Barra do Garças e Peixoto de Azevedo também participaram da assembleia e revelaram que a situação é de calamidade.

Segundo os servidores, nas unidades faltam água potável, papel higiênico, tem problemas de fiação elétrica, água nos banheiros, ambientes insalubres e falta de insumos. “A saúde está agonizando no seu mais intenso colapso”, denunciou um participante da assembleia.

Os servidores também fizeram duras críticas ao atual secretário de Saúde do Estado, Vander Fernandes. “Sou servidor da saúde e só vi esse secretário uma vez na vida. A gente só ouve falar mal deste homem”, alegou um servidor. “Esse Vander é o pior secretário que já esteve a frente da SES”, endossou outro.

De acordo com a presidente do SISMA-MT, Alzita Leão Ormond, os gestores estaduais não estão demonstrando preocupação com a situação: “Diversos ofícios já foram encaminhados em momentos diferentes, nos quais solicitamos reuniões, mas nunca recebemos resposta e, quando recebemos, sempre são negativas”, informou.


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