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PROTEÇÃO: Vacina da H1N1 está em falta em Cuiabá


04-04-2016 09:36 - Soraya Medeiros

Diante do surto de gripe H1N1 identificada em vários Estado do Brasil, muitas pessoas começaram a procurar a vacina em Cuiabá. Mas, a mesma está em falta em muitas clínicas e hospitais particulares.

De acordo com a médica infectologista, Kadja Samara Souza do Nascimento do Hospital Geral Universitário (HGU), o surto atípico de gripe H1N1 é completamente incomum, já que o auge da infecção pelo vírus costuma ocorrer no mês de junho, quando a temperatura começa a baixar.

"Em toda a história epidemiológica, sabemos que a influenza é uma doença do inverno, que deveria aparecer somente daqui a dois meses, não agora. Então é muito preocupante".

De acordo com o Ministério da Saúde, até o dia 19 de março, já foram registrados 46 óbitos por H1N1 em todo o país, 10 mortes a mais do que no ano passado inteiro, quando 36 morreram pelo vírus.

Em Cuiabá houve uma morte confirmada no dia 20 de fevereiro de um senhor de 73 anos. Além deste óbito, tem mais 7 casos de mortes por H1N1 sendo investigadas no estado. 28 pessoas que estão doentes e internadas estão com suspeita de estarem infectadas com a influenza. Porém estão aguardando os resultados dos exames.

Na rede pública, a vacinação contra influenza é gratuita e destinada a alguns grupos prioritários: crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, idosos, profissionais da saúde, povos indígenas e pessoas portadoras de doenças crônicas e outras doenças que comprometam a imunidade. Na rede particular, o preço da vacina é de R$ 65 para quem não tem plano de saúde, já para os com plano sai por R$ 55.

Kadja informa que as pessoas que não estão nestes grupos prioritários podem vacinar em clínicas particulares. Ela recomenda a vacina para todas as pessoas a partir dos 6 meses de idade. “Quanto mais cedo vacinar, melhor para que quando o vírus começar a circular com força, as pessoas já estejam imunizadas. Porém, gestantes no primeiro trimestre não devem vacinar e os portadores do HIV com o CD4 menor que 300 não precisam vacinar, porque não tem resposta de imunização".

A reportagem do GD entrou em contato com o Núcleo de Vacina da Unimed e foi informada que a vacinação está em falta e deve chegar somente na próxima semana.

A vacina contra a gripe é produzida pelo Instituto Butantã, em São Paulo. De lá é enviada para o Ministério da Saúde que se encarrega de fazer a distribuição para os Estados brasileiros.

Sintomas

Kaddja destaca que os sintomas são semelhantes aos da gripe comum, e se apresentam como febre repentina (acima de 38°C), dor de garganta, associado a dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, coriza e falta de apetite. Sintomas respiratórios como tosse e piora da asma para asmáticos também são comuns. Algumas pessoas também podem apresentar diarréia e vômitos.

É recomendado que os pacientes que apresentarem sintomas que envolvam secreções nasais, tosse ou espirro recebam máscara cirúrgica com o intuito de evitar a transmissão do vírus. Os adultos podem transmitir a doença no período de 7 dias após o aparecimento dos sintomas. Nas crianças, este período vai de 2 dias antes até 14 dias após aparecerem os sintomas.

Kadja relata que a proteção da vacina não é de imediato. "Ela começa a existir aproximadamente após duas semanas (15 dias) da administração, prolongando-se por cerca de um ano, por isso é importante todos os anos a vacinação".

Diagnóstico e tratamento

Para confirmar o diagnóstico de H1N1, é necessário realizar teste laboratorial específico. Já o tratamento é feito com uso de medicamento fosfato de Oseltamivir (Tamiflu) nas primeiras 48 horas após aparecerem os sintomas, com duração de cinco dias. Não há contra indicação de medicamentos para este tipo de gripe. "O correto é buscar atendimento médico e não se automedicar", alerta Kadja. 


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