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Clipping

Pacientes são vítimas de golpistas


04-04-2016 09:28 - Aline Almeida

A Polícia Civil investiga denúncias de suspeitos que estariam se passando por médicos e aplicando golpes em familiares de pacientes que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Matheus, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. A polícia confirmou que vários boletins já foram registrados em que familiares de pacientes vêm sendo alvo de golpistas. Somente nesta semana sete pessoas procuraram a delegacia. A suspeita é de que os crimes estariam partindo dos presídios.

Os suspeitos, que podem ser enquadrados no crime de estelionato, aproveitavam da falta de informação das vítimas para praticar a ação. Eles chegavam até mesmo a usar linguagens técnicas da profissão, para enganar as pessoas.

Os criminosos que se passavam por médico diziam que era necessário pagar por exames clínicos que o plano de saúde não cobria.

Conforme os boletins de ocorrências registrados pelas vítimas, os suspeitos tinham informações detalhadas dos pacientes. Uma das vítimas relatou em boletim que recebeu a ligação do falso médico na última terça-feira. Para o homem, o suspeito se identificou como Luiz, e pediu R$ 1,5 mil para que a esposa da vítima, internada no São Mateus, fosse submetida a um exame clínico. O falso médico disse ainda que, assim que o plano de saúde do internado autorizasse a realização do exame, a vítima seria reembolsada. O depósito foi feito, mas não satisfeito o suspeito retornou a ligação e pediu mais dinheiro. Foi quando o homem desconfiou e procurou o hospital e descobriu que mais pessoas foram vítimas dos criminosos.

A direção do Hospital São Mateus disse que todas as questões referentes a pagamentos de serviços oferecidos pelo hospital são feitas por servidores da administração, no respectivo setor. Com isso, qualquer cobrança via telefone não deve ser atendida.

Na edição do dia 24 deste mês, o Diário de Cuiabá já havia reportado sobre os crimes que partem de dentro dos presídios. Inclusive o Sindicato dos Agentes Penitenciários apontou que a maior concentração das organizações criminosas está na Penitenciária Central. A falta de investimentos tecnológicos, segundo o sindicato, é um das grandes contribuições para não findar a cadeia do crime movida de dentro das prisões. O uso de bloqueadores de sinais de celulares nas penitenciárias é uma das soluções apontadas pelos agentes, no entanto, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos afirmou que ainda não há previsão para aquisição dos aparelhos.  


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