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DIZ OMS: "Primeira onda de zika pode acabar antes de a vacina ficar pronta"


23-03-2016 11:56 -

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou nesta terça-feira (22) que a primeira onda do zika vírus no mundo pode terminar antes que uma vacina fique pronta. Durante coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça, Chan disse que 23 projetos de vacinas estão em pesquisa. "Como a vacina vai ser usada para proteger grávidas ou mulheres que querem ter filhos, terá de ter um alto padrão de segurança. Alguns projetos devem entrar em teste clínico antes do final do ano", declarou.

A diretora-geral revelou que o dinheiro solicitado pela organização para ajudar no combate ao zika nos países afetados pela epidemia ainda não chegou como o esperado. Dos US$ 25 milhões solicitados para a OMS aos países membros, apenas US$ 3 milhões foram entregues até o momento. Outros US$ 4 milhões estão em negociação.

O dinheiro seria usado em esforços da OMS para, por exemplo, mandar especialistas aos países afetados e organizar reuniões científicas. "O suporte financeiro ainda é um grande problema. Mas não podemos permitir que a falta de dinheiro seja uma barreira para fazer o que é certo", disse.

Margaret Chan convocou a imprensa para dar atualizações sobre as últimas descobertas científicas em relação às malformações fetais e outros problemas neurológicos relacionados ao zika vírus. Segundo ela, pelo menos 12 países têm observado um aumento de casos de Síndrome de Guillain-Barré, doença neurológica associada ao vírus, e que, além do Brasil, o Panamá também reportou casos de microcefalia em bebês gestados por mães contaminadas no próprio país.

"Com o conhecimento atual, ninguém consegue prever se vai o zika vai se espalhar para outros países e causar malformação fetal e desordens neurológicas. Mas se esse padrão for confirmado além da América Latina e do Caribe, o mundo vai enfrentar uma crise severa de saúde", afirmou. Atualmente o vírus circula de em 38 países e territórios do mundo.

Com base nos dados fornecidos pelo Ministério da Saúde do Brasil, a OMS informou que espera que o número de casos de microcefalia no País pode passar de 2.500. O cálculo foi feito com base no número de casos já confirmados (863), em relação aos suspeitos testados (2.212). No total, o governo brasileiro considera que há 6.480 casos suspeitos, a maioria ainda sem teste.

"Se essa taxa continuar, esperamos que mais de 2.500 casos vão surgir de bebês com dano cerebral e sinais clínicos de microcefalia", disse Anthony Costello, que chefia o departamento de saúde maternal, de recém-nascidos, crianças e adolescentes na OMS.

Os casos são considerados suspeitos quando o perímetro cefálico é menor que 32 cm. Para confirmar a microcefalia, são necessários exames de imagem, por isso a diferença entre suspeita e confirmação.

Fonte: iG 


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