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MT é o sétimo Estado mais violento


23-03-2016 10:54 - Elayne Mendes

Mato Grosso é o sétimo estado mais violento do país de acordo com o Atlas da Violência 2016, divulgado na terça-feira (22) e que traz levantamentos do período de 2004 a 2014. No último ano avaliado, a cada 100 mil habitantes em Mato Grosso foram registrados 41,9 homicídios. Para se ter uma ideia, no Brasil a média de assassinatos, no mesmo ano, a cada 100 mil habitantes, foi de 29,1. A pesquisa ainda revela um crescimento de 55,9% nos homicídios entre 2004 e 2014 no Estado, passando de 867 casos no primeiro ano para 1.352 no último.

O Atlas da Violência 2016 é uma pesquisa feita em parceria entre o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). A pesquisa foi realizada com base no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde e aponta que o número de mortes violentas em Mato Grosso praticamente só aumento na referida década, com exceção da transição do ano de 2006 para 2007, quando houve uma pequena redução (de 900 para 893).

Quando analisada a variação das taxas de homicídio no período mais recente, após 2010, que coincide com a gestão do último mandato do governador eleito naquele ano (no caso de Mato Grosso, Silval Barbosa), verifica-se crescimento constante. O aumento médio de assassinatos entre um ano e outro é de 93 mortes, sendo que o maior foi registrado de 2013 para 2014, quando foram 178 homicídios a mais durante a transição (passando de 1.174 homicídios para 1.352).

Especialista em violência urbana e coordenador do Núcleo de Estudos da Violência e Cidadania da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Naldson Ramos diz que os dados dos diversos estudos sobre violência no país, infelizmente, só vem comprovando que a impunidade ainda impera. “Dificilmente a pessoa que foi presa por ter assassinado outra é réu primário. Nas últimas duas décadas, a violência tem tomado proporções descontroladas. A polícia prende, o criminoso cumpre um terço da pena, é liberado e mata de novo”.

Costa diz ainda que ao contrário do que os gestores acreditam ser a solução para a constante violência, contratar mais policiais e comprar armamento não mudará o cenário. “Precisamos é de prevenção e investigações que cheguem até o final, levando o culpado à prisão e o mantendo lá”.  


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