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SAÚDE: A síndrome que assusta


07-03-2016 11:27 - YURI RAMIRES

Já são mais de 7.410 casos de zika notificados em Mato Grosso só nos dois primeiros meses deste ano. A situação é ainda mais alarmante, após a confirmação de um estudo francês de que o aumento de casos da síndrome Guillain-Barré está ligado diretamente ao zika. Em Mato Grosso, já são 11 casos da síndrome, registrados em quatro cidades.

A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune, que se manifesta por meio do ataque do sistema imunológico ao sistema nervoso do próprio paciente, por engano. Isso faz com que os nervos fiquem inflamados, provocando fraqueza muscular e até mesmo paralisia.

Só em Cuiabá, conforme os dados repassados ao DIÁRIO pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), já são 06 casos. Os outros foram registrados em Rondonópolis (3), Cáceres (1) e Guarantã do Norte (1).

Entre os casos já notificados está o de um homem de 55 anos, que reside na Capital. Ele começou a sentir dores na perna, que começaram a se agravar após 10 dias. Em algumas noites, precisou correr às pressas para uma unidade de saúde.

“Ele sentia muitas dores e começou a ter dificuldades para andar. No hospital, precisou até tomar morfina”, lembrou a filha do paciente. Ele passou cinco dias internado, até que foi diagnosticado com a síndrome.

“Ele é uma pessoa extremamente saudável, tem uma vida ativa. Ficou muito assustado quando começou a sentir fraqueza nas pernas, pois não conseguia ficar em pé, isso sem falar nas fortes dores. Daí precisou ficar internado para ser diagnosticado”, disse a filha.

A internação é necessária, já que a doença também afeta o sistema respiratório. A ação é uma medida de segurança, caso o paciente precise de ventilação mecânica, ou até mesmo ser internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

No caso retratado pela reportagem, os médicos informaram à família que o grau da síndrome não vai afetar tanto o paciente, já que a doença foi diagnosticada logo no início. Ainda assim, a recuperação será lenta. “O tratamento vai de seis meses a um ano, e isso inclui fisioterapia”.

Apesar de não ter entrado em detalhes sobre o tratamento, sabe-se, de acordo com informações da Sociedade Brasileira de Neurologia (SBN), que um dos métodos é bloquear os anticorpos – que causam a inflamação - ou removê-los do sangue, seja por plasmaferese ou altas doses de imunoglobulina.

Entre os sintomas da síndrome, estão: perda de reflexos em braços e pernas, hipotensão ou baixo controle da pressão arterial, que pode começar nos braços e pernas ao mesmo tempo, dores que pioram entre 24 e 72 horas. Por ora, conforme a SBN, não há formas conhecidas de se prevenir a doença.
 


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