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AEDES AEGYPTI: Centro Histórico é pulverizado


03-02-2016 13:53 - JOANICE DE DEUS

Enquanto os dias de folia não chegam, agentes de combate a endemias da Secretaria de Saúde de Cuiabá (SMS) levam para pontos estratégicos da capital mato-grossense o bloco de eliminação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Entre esses locais, está a Praça Mandioca, no Centro Histórico da cidade, onde a festa do Rei Momo deverá receber um público diário de cinco mil pessoas.

No entorno da praça, os agentes visitaram e fizeram o bloqueio químico em pelo menos 115 imóveis. Entre eles, na casa do aposentado Leonei Magalhães, de 70 anos. “É um trabalho muito importante e deveria ser feito mais vezes ao ano. Agora, acho que todos nós temos que cooperar. Todos têm que ajudar a combater o mosquito”, disse.

Além da Praça da Mandioca, os trabalhos de prevenção atingem ou vão atingir espaços como a Arena Pantanal, no Verdão, e o Sesi Papa, no bairro Morada do Ouro, além do entorno de universidades como a UFMT, Unic e Unirondon.

A coordenadora da Vigilância em Zoonoses, Alessandra Carvalho, explica que o bloqueio químico é feito por meio de bomba costal e o veneno (bendiocarb), associado a um óleo vegetal, evita que o mosquito alado faça a desova. Mas, um dia antes, os agentes vão até os locais e fazem o manuseio dos possíveis criadouros, para que o bloqueio seja realizado.

“Esse corpo-a-corpo junto aos moradores, comerciantes e responsáveis pelas instituições é fundamental no esforço de eliminação dos focos de criadouros do mosquito, mas é também fundamental a atitude da população. Cada morador tem que cuidar do seu quintal, evitando recipientes que acumulem água, limpando suas caixas de água, eliminando o lixo, limpando os bebedouros de animais e calhas”, reforçou.

A coordenadora garante que o inseticida não faz mal às pessoas. As ações nesse período serão pontuais e em áreas consideradas de risco. “Com o carnaval, aumenta o número de pessoas em alguns pontos e, com isso, o lixo produzido pelos foliões, em locais de grande concentração, isso pode contribuir para a proliferação do mosquito e, consequentemente, das doenças”, alertou.

DADOS – Neste ano, Cuiabá já contabiliza 607 casos suspeitos de zika, vírus que estaria ligado ao surto de microcefalia registrado em todo o país. Do total, apenas um foi confirmado até o momento. Também há 40 notificações de zika em gestantes. Ainda neste ano, a chikungunya registra sete suspeitas e, a dengue, 156 notificações.

No início desta semana, o Governo Federal publicou Medida autorizando a entrada forçada dos agentes públicos em imóveis públicos ou particulares que estejam abandonados, ou no caso de ausência de pessoa que possa permitir o acesso ao local. A medida deve ser tomada apenas em situações excepcionais e visa a permitir a execução das ações de combate ao mosquito e seus criadouros. 


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